A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) efetuou a prisão preventiva de Bruno Alexandre, de 37 anos, suspeito de um crime que chocou o estado. Ele é investigado pelo feminicídio de sua ex-companheira, Heddy Lamar de Araújo, de 44 anos, e pela morte do filho dela, Bernardo Lucas de Araújo Ribeiro, de apenas 13 anos. A detenção ocorreu na última quinta-feira (18), no município de Santa Luzia, após meses de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídios de Vespasiano.
O caso começou a ser desvendado em 25 de setembro de 2024, quando o corpo de Heddy foi encontrado em uma área descampada em Vespasiano. Os exames periciais confirmaram que a causa da morte foi asfixia mecânica. Na ocasião, o paradeiro do filho da vítima ainda era desconhecido, o que deu início a uma busca angustiante que terminou de forma trágica dias depois na residência da família, na capital mineira.
No dia 3 de outubro, Bernardo, que possuía Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi localizado sem vida dentro de casa. O adolescente foi deixado trancado em um quarto, sem acesso a alimentos ou cuidados básicos. Segundo a polícia, o menino permaneceu sozinho no imóvel por oito dias após a morte da mãe, vindo a falecer por abandono. A condição de vulnerabilidade do jovem tornou o desfecho do crime ainda mais cruel.
O inquérito policial reuniu um robusto conjunto de provas contra o ex-companheiro de Heddy. Entre as evidências apresentadas pela PCMG estão imagens de câmeras de segurança, quebras de sigilo telefônico e diversos depoimentos. Os investigadores destacaram que o suspeito apresentou inúmeras contradições durante os interrogatórios, o que, somado às provas técnicas, fundamentou o pedido de prisão preventiva aceito pela Justiça.
Com a conclusão dos procedimentos policiais, o investigado foi encaminhado ao sistema prisional, onde aguardará o julgamento pelos crimes de feminicídio e homicídio com dolo eventual, devido ao abandono do incapaz. A tragédia mobilizou entidades de defesa dos direitos das mulheres e de pessoas com deficiência, que clamam por rigor na punição. Com informações do portal Metrópoles.





