A Polícia Civil prendeu em São Paulo o youtuber norte-americano Floyd L. Wallace Jr., de 30 anos, durante a Operação Passport. Ele é o principal alvo de uma investigação que apura crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil, supostamente praticados no Rio de Janeiro. Wallace já era monitorado pelas autoridades brasileiras após indícios de que utilizava perfis falsos em redes sociais para se aproximar e manter contato com meninas menores de idade.
Nos Estados Unidos, Wallace possui um extenso histórico criminal, com registros em mais de 13 estados diferentes. Em seu canal no YouTube, ele se apresenta como um “auditor constitucional”, um tipo de criador de conteúdo que filma abordagens policiais para confrontar agentes e questionar a legalidade de suas ações. Classificado como um indivíduo de alta periculosidade pelas autoridades americanas, ele frequentemente alegava estar exercendo seus direitos de liberdade de expressão e privacidade ao desafiar a polícia.
Ao chegar ao Brasil, o investigado passou a se identificar como “turista sexual”. Segundo o inquérito, embora não produzisse vídeos no país, ele se aproveitava de desigualdades sociais e econômicas para atrair mulheres e adolescentes. A investigação aponta que o americano agia de forma calculista no Rio de Janeiro, utilizando o anonimato da internet para facilitar o aliciamento de jovens em situação de vulnerabilidade, o que motivou o pedido de prisão imediata.
A prisão ocorreu após os investigadores detectarem que Wallace havia deixado o território fluminense com destino a São Paulo no último dia 20 de dezembro. Temendo que o suspeito estivesse planejando uma fuga internacional, a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão temporária, além de mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo de dados e a retenção de seu passaporte. Todas as medidas foram autorizadas para garantir que o estrangeiro permaneça no país durante o processo.
Caso as acusações sejam confirmadas e ele venha a ser condenado, Floyd L. Wallace Jr. pode enfrentar uma pena de até 34 anos de reclusão. No momento, o youtuber segue à disposição do Poder Judiciário brasileiro, enquanto a polícia analisa o material apreendido em seus dispositivos eletrônicos para identificar outras possíveis vítimas. O caso reforça a cooperação entre forças de segurança para o combate ao turismo de exploração sexual no país. Com informações do portal Metrópoles.
