A Polícia Civil do Estado do Acre (PCAC) realizou, na última terça-feira (23), a prisão de um foragido da Justiça identificado pelas iniciais L.G.F.V., condenado a 18 anos e sete meses de reclusão. A captura foi resultado de uma ação coordenada entre o Departamento de Inteligência e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). O indivíduo foi localizado em uma residência situada em um ramal na região do Segundo Distrito de Rio Branco, após um monitoramento detalhado das forças de segurança.
O histórico criminal do detido é extenso e inclui envolvimento em um caso que gerou grande comoção social no Acre. Em 2018, ele foi investigado pelo brutal assassinato de três jovens — Vitor Vieira de Lima (18 anos), Amanda Gomes de Souza (14) e Isabele Silva Lima (13) — que desapareceram após saírem de casa com destino à ExpoAcre. Embora tenha sido levado a julgamento pelo Tribunal do Júri de Rio Branco, o acusado acabou sendo absolvido da participação direta neste triplo homicídio específico.
Contudo, o desenrolar das investigações criminais revelou uma face ainda mais profunda de sua atuação no mundo do crime. Através de novas provas colhidas pela Polícia Civil, foi comprovado o forte vínculo de L.G.F.V. com uma facção criminosa que opera no estado. As evidências reunidas demonstraram sua participação ativa em uma série de delitos graves, o que fundamentou sua condenação definitiva pela Justiça acreana.
Entre os crimes pelos quais o indivíduo foi sentenciado estão tortura, roubo qualificado, organização criminosa, ameaça e vias de fato. A somatória dessas penas resultou na condenação superior a 18 anos em regime fechado. A Polícia Civil destacou que a reclusão do foragido é um passo importante para a desarticulação de lideranças regionais do crime organizado, retirando de circulação um elemento considerado de alta periculosidade.
Após a formalização da prisão, L.G.F.V. foi encaminhado para a unidade prisional e colocado à disposição do Poder Judiciário para o início imediato do cumprimento da pena. A PCAC reiterou que operações integradas entre os setores de inteligência e as unidades especializadas continuam sendo a principal estratégia para localizar foragidos e garantir a segurança da população acreana.




