Caso Moisés Alencastro: Polícia Civil prende os dois suspeitos de matar o ativista em Rio Branco

A Polícia Civil do Acre (PCAC) deu uma resposta rápida à sociedade e encerrou, na manhã desta quinta-feira (25), feriado de Natal, as buscas pelos principais acusados do assassinato do jornalista e servidor do Ministério Público, Moisés Alencastro. O principal suspeito, Antônio de Sousa Moraes, de 22 anos, foi capturado após quatro dias foragido. Horas antes, na noite de quarta-feira (24), as equipes já haviam efetuado a prisão de um segundo envolvido no crime, cuja identidade ainda é mantida sob sigilo para não comprometer o restante das diligências.

As investigações revelaram detalhes perturbadores sobre a dinâmica do crime. Moisés foi encontrado morto na última segunda-feira (22), em seu apartamento no bairro Morada do Sol, com pelo menos cinco perfurações de arma branca. A perícia constatou que não houve arrombamento no imóvel, o que sugere que a vítima permitiu a entrada dos agressores. O vínculo entre eles foi confirmado pela polícia: Moisés e Antônio se conheciam e mantinham contato prévio, inclusive seguindo-se mutuamente em redes sociais.

A identificação de Antônio de Sousa foi possível graças ao rastreamento do celular da vítima e à análise de imagens de segurança. Na residência do suspeito, a polícia encontrou itens pessoais de Moisés, como óculos, cartões de crédito e o controle de acesso ao apartamento. Além disso, os investigadores apreenderam roupas sujas de sangue que teriam sido usadas por Antônio no dia do homicídio. O veículo da vítima, também roubado na ação, já havia sido localizado abandonado na estrada do Quixadá logo no início da semana.

Tecnicamente, a Polícia Civil tipificou o crime como homicídio qualificado seguido de furto, descartando, por ora, a tese de latrocínio. Segundo o delegado Alcino Ferreira Júnior, a principal linha de investigação aponta para um desentendimento entre as partes, que culminou na violência fatal. Após o crime, os suspeitos ainda tentaram utilizar os cartões bancários de Moisés em um estabelecimento comercial no bairro Nova Estação, deixando rastros que facilitaram o monitoramento policial.

Com as duas prisões efetuadas, os suspeitos serão interrogados para esclarecer a motivação exata e o grau de participação de cada um na execução do crime. Antônio de Sousa Moraes, que havia perdido o pai recentemente, agora está à disposição da Justiça e deve ser encaminhado ao sistema prisional. A Polícia Civil informou que, embora os principais autores estejam sob custódia, o inquérito continua em aberto até que todos os laudos periciais e depoimentos sejam concluídos para o fechamento do caso.

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