Um auditor da Controladoria-Geral da União (CGU), identificado como David Júnior, de 50 anos, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal após ser flagrado agredindo violentamente uma mulher e uma criança de 4 anos. O crime, ocorrido em um condomínio residencial em Águas Claras, foi registrado por câmeras de segurança que mostram o servidor desferindo socos, tapas e chutes contra as vítimas no estacionamento do prédio. Segundo a investigação, as agressões ocorreram após um desentendimento relacionado ao término do namoro entre o auditor e a mulher.
Nas imagens que circulam nas redes sociais a mulher aparece com o filho no colo quando é atacada repentinamente. Mesmo após mãe e criança caírem no chão, o servidor continua com as agressões, chegando a desferir um tapa violento na cabeça do menino. De acordo com a delegada Elizabeth Frade, da 21ª DP, o servidor foi indiciado por lesão corporal e maus-tratos. Somadas, as penas podem ultrapassar os 10 anos de prisão, com agravantes pelo fato de a vítima ser menor de 14 anos.

David Júnior ingressou na CGU em 2007 e, atualmente, recebe um salário mensal que gira em torno de R$ 25 mil. Esta não é a primeira vez que o auditor se envolve em episódios de violência; em 2019, ele foi condenado pela Justiça do DF após ameaçar e agredir verbalmente o gerente de um supermercado. Diante da gravidade dos novos fatos, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) já determinou medidas protetivas em favor da criança, proibindo o agressor de se aproximar ou manter contato com o menor.
A CGU informou que já afastou o servidor de suas funções de chefia e proibiu sua entrada nas dependências do órgão. Além disso, uma investigação preliminar foi aberta pela Corregedoria-Geral e pela Comissão de Ética para apurar a conduta do auditor sob a ótica administrativa. O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação das imagens, gerando notas de repúdio de diversas entidades e autoridades que acompanham o desdobramento do inquérito policial.
O episódio chegou ao Palácio do Planalto, motivando uma reação direta da Presidência da República. Nesta quinta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou suas redes sociais para condenar o ato e exigir a punição máxima na esfera administrativa: “A agressão covarde de um servidor da Controladoria-Geral da União contra uma mulher e uma criança é inadmissível e precisa de uma resposta firme. Determinei ao ministro da CGU a imediata abertura de processo interno para responsabilização e expulsão do serviço público do agressor. Não vamos fechar os olhos, um servidor deve ser exemplo de conduta”, declarou o presidente. Com informações do portal Metrópoles.





