Prefeitura de Rio Branco monitora situação de comunidades rurais atingidas pela cheia do Rio Acre
Por
Gleydison Meirelles, Secom
Com vinte e três comunidades rurais atingidas pela cheia do Rio Acre, até o momento, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Agropecuária e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) tem realizado acompanhamento prioritário e levado assistência de transporte fluvial para os agricultores familiares das regiões.
Na tarde desta segunda-feira (29), o secretário municipal de Agropecuária, Eracides Caetano e o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão estiveram em duas localidades, Belo Jardim e Panorama, para acompanhar a situação.
“Mais ou menos 250 famílias moram aqui nessa região. Quando baixa a água, a gente vem aqui fazer atendimento com sacolão, com colchão, com kit de limpeza, água”, disse Eracides. (Foto: Vitória Souza/Secom)
“Aqui nessa região do Belo Jardim mora muita gente. Eu calculei, mais ou menos umas 250 famílias morando aqui e no Catuaba e em outras comunidades próximas. Na hora que baixa a água, aí a gente vem aqui fazer atendimento com sacolão, com colchão, com kit de limpeza, água, e aí esse pessoal a gente dá assistência depois que passa chuva. Eles perdem tudo quando a enchente é grande e a gente vem fazer o levantamento de tudo pra poder a gente entrar aí com uma ajuda”, explicou o secretário de Agropecuária, ressaltando ainda que a determinação do prefeito de Rio Branco é dar toda a assistência às comunidades rurais.
“A recomendação do prefeito é não deixar o pessoal aí sofrendo. O prefeito sempre está preocupado com a ajuda desse pessoal, transporte, e depois que passa chuva a gente vem ver os pontos críticos, pontes, boeiras e a gente vem fazer esse trabalho de assistência para a população que mora dentro dessas comunidades”.
Ao todo, Secretaria e Defesa Civil monitoram 23 comunidades que são atingidas com as enchentes do Rio Acre. Com a alagação no início de 2025 foram distribuídos mais de 4.600 sacolões, colchões e kits limpeza somente para as comunidades rurais afetadas pela cheia.
O coordenador da Defesa Civil municipal, Cláudio Falcão afirmou que a situação do Rio Acre ainda era de elevação no nível das águas, mas que a expectativa era de uma estabilização. (Foto: Vitória Souza/Secom)
O coordenador da Defesa Civil municipal, Cláudio Falcão afirmou que a situação do Rio Acre ainda era de elevação no nível das águas, mas que a expectativa era de uma estabilização.
“Na tarde dessa segunda-feira, ainda estamos com agravamento, porque o Rio Acre não parou de aumentar seu nível, continua aumentando. Nós estamos na expectativa de qualquer momento ele estabilizar, ainda não aconteceu, e nós estamos acompanhando justamente o secretário Eracides, na zona rural, com todas essas comunidades rurais afetadas, inclusive, nesta região do Belo Jardim, que têm mais três comunidades aqui, que estão também ilhadas. Nós encontramos uma solução de trazer barqueiros da própria região, que conhece essa população, para poder fazer a travessia de pessoas, deixando ela com a mobilidade. Isso é um trabalho que a Secretaria de Agricultura e Pecuária do município faz através do seu Eracides. A Defesa Civil está sempre perto porque também faz parte da nossa pasta e também seguindo as orientações do prefeito Tião Bocalom de que ninguém fica para trás. Nós precisamos tratar de todos, à medida que vai avançando o desastre, nós vamos botando novos recursos de maneira que a gente possa atender essa comunidade toda”, declarou o coordenador.
Rio Branco não registrava uma cheia do Rio Acre no mês de dezembro há 50 anos. (Foto: Vitória Souza/Secom)
Rio Branco não registrava uma cheia do Rio Acre no mês de dezembro há 50 anos. A primeira e única, até o presente momento, aconteceu no ano de 1975, como revelou Cláudio Falcão.
“Há exatamente 50 anos em que aconteceu a primeira inundação no mês de dezembro, no dia 26 de dezembro de 1975, de lá para cá nunca tinha acontecido, aconteceu novamente. É claro que a Defesa Civil está preparada, agora considerando também o que o prefeito até falou e lembrou, nós temos mais três meses pela frente. São três meses que nós vamos ficar numa alta tensão em relação à parte de inundação. Inclusive, pode acontecer um fato inédito de, pela primeira vez, nós termos um transbordamento, o Rio Acre sair da cota de transbordamento e voltar a transbordar uma segunda vez, porque nós temos muitos dias pela frente, pelo menos 90 dias. E nós estamos preparados, claro, para continuar dando essa assistência. Cada vez mais nós vamos nos aprimorando, contando com todas as secretarias municipais e inclusive com o comando do prefeito Tião Bocalom e do nosso vice-prefeito Alysson Bestene também. Então, dessa maneira, a gente consegue superar os obstáculos e dizer que o socorro de Rio Branco é exclusividade da Prefeitura de Rio Branco através das equipes de Defesa Civil, acompanhado do Corpo de Bombeiros, mas à frente toda quem faz o operacional é a Defesa Civil do município e a Prefeitura de Rio Branco”.
Seagro e Defesa Civil monitoram 23 comunidades que são atingidas com as enchentes do Rio Acre. (Foto: Vitória Souza/Secom)
Ainda de acordo com o tenente-coronel Cláudio Falcão, informações repassadas por entidade de monitoramento meteorológico das regiões andinas do Peru e Bolívia, é de um volume muito grande de chuvas, o que pode agravar ainda mais a situação de cheias dos rios do Acre, sobretudo na capital acreana.
“Muita chuva para essa região andina. Tanto no Peru, onde tem a nascente do Rio Acre, como também na Bolívia. Nós temos pessoas lá, inclusive, que passaram informação para nós da quantidade de chuva que tem ocorrido, também, para dentro do território brasileiro, através de Assis Brasil, até chegar em Rio Branco, é chuva constante. Aqui em Rio Branco nós estamos com dois dias de estiagem. Vai ter mais um dia, mas na virada do ano tudo pode voltar a acontecer. Então, não temos assim uma expectativa de uma melhora imediata. Pode até estabilizar, mas nós vamos continuar assim, nessa tensão, e ainda para o final do ano e também início do ano que vem, a partir de janeiro, fevereiro e março. Então, precisamos estar totalmente preparados com todos os equipamentos da prefeitura e com o apoio do prefeito e de todas as secretarias”, alertou.