Fundo Amazônia vai investir R$ 35 milhões em ONG indígena do Juruá

O anúncio do Fundo Amazônia da liberação de R$ 35 milhões para a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj), por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi recebido com entusiasmo por alguns. No entanto, o anúncio também é alvo de críticas, que questionam a atuação das ONGs na região amazônica.

No âmbito da CPI das ONGs, lideranças indígenas relataram que as organizações não governamentais têm explorado e manipulado os povos indígenas, prejudicando sua autonomia e seu desenvolvimento. Os indígenas ouvidos pela CPI também denunciaram que as ONGs recebem financiamento de países estrangeiros com interesses econômicos na Amazônia, o que compromete sua independência.

O relator da CPI, senador Marcio Bittar (União-AC), publicou um vídeo neste sábado, 3, onde criticou a atuação do governo Lula na Amazônia e disse que a destinação de R$ 35 milhões é um “cala-boca da Noruega”.

“Isso aí é o cala-boca da Noruega através do fundo que ela criou e que a ministra Marina administra no BNDES para nos calar, para continuar comprando a soberania brasileira. A realidade que a CPI mostra ao Brasil é que países milionários passam umas migalhas para o Brasil para comprar soberania. É para nos proibir de prosperar aqui na Amazônia”, disse Marcio.

Os questionamentos são mais contundentes com relação à forma como os recursos são geridos. As críticas apontam que os milhões não terão nenhum impacto na qualidade de vida dos indígenas. As ONGs têm sido acusadas de gastar valores em viagens e consultorias, em vez de investir em projetos que beneficiem diretamente as comunidades indígenas.

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