Quando a antiga oposição à Frente Popular (FPA) assumiu o governo do Acre, com Gladson Cameli, e a prefeitura de Rio Branco, com Tião Bocalom, numa frente ampla contra a esquerda, esperava-se uma verdadeira guinada no pensamento das gestões. Era aguardada não apenas uma mudança na cor política, mas transformações substanciais, considerando o alinhamento com o então governo federal liderado por Jair Bolsonaro (PL).
Contrariando as expectativas, as administrações tanto do estado quanto do município continuaram a resgatar os ícones construídos pelo Partido dos Trabalhadores (PT), sem apontar novos caminhos. É importante destacar que esses símbolos são associados a períodos de atraso econômico.
Um dos exemplos mais marcantes é o controverso líder ambientalista Chico Mendes, cuja casa foi reaberta na semana passada em Xapuri, após cinco anos fechada. Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a reabertura da Casa de Chico representa uma ‘reparação histórica’. Em Rio Branco, a estátua de Chico Mendes foi reinstalada na praça Povos da Floresta, no Centro, nesta segunda-feira, 13, pela equipe da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
A figura histórica de Chico Mendes, embora indiscutivelmente relevante, tornou-se um símbolo construído sob uma narrativa já superada. A utopia preservacionista, conhecida como “florestania” e defendida pelo PT, revelou-se falha e impediu o Acre de se desenvolver.
A aposta deveria ser apresentar outros nomes, relembrar na história acreana os ícones e heróis do real desenvolvimento do nosso estado. Homens e mulheres que acreditaram num Acre próspero a partir de uma outra perspectiva, mas todos foram deixados de lado, jogados para o esquecimento da História.
Infelizmente a moda é se vestir de verde e amarelo e nos bastidores resgatar símbolos vermelhos.