Nesta quarta-feira, 22, o relator da CPI das ONGs, senador Marcio Bittar (União-AC), levantou questões sobre um possível “conflito moral e ético” durante o depoimento do diretor do Instituto Socioambiental (ISA), Márcio Santilli. O foco da indagação recaiu sobre a atuação da secretária-executiva adjunta do ISA, Adriana de Carvalho, que, segundo Bittar, seria sócia de Santilli na Consultoria Ambiental LTDA e membro titular do conselho de administração do Fundo Amazônia.
Bittar destacou a preocupação com a dualidade de funções desempenhadas por representantes de ONGs, que, ao mesmo tempo, participam na formulação de políticas públicas e buscam recursos para as organizações. Durante o questionamento, o senador ressaltou a necessidade de esclarecimentos sobre a atuação de Adriana, apontando para uma possível situação “imoral” envolvendo pessoas ligadas a ONGs.
Em resposta, o diretor do ISA afirmou que Adriana Ramos não integra mais o conselho do Fundo da Amazônia e destacou que sua participação se dá como representante da sociedade civil brasileira, assim como há outras representações, como a Confederação Nacional da Indústria e a academia, entre outros setores.
Questionamentos
Os questionamentos do senador acreano lançam luz sobre aspectos éticos e morais relacionados à atuação de representantes de ONGs, sinalizando a complexidade das relações entre essas organizações, políticas públicas e captação de recursos. A discussão na CPI das ONGs permanece em curso, explorando temas sensíveis no contexto socioambiental e de governança.