Polícia Federal prende 16 por contrabando bilionário de soja

Polícia Federal (PF) prendeu 16 pessoas por contrabando bilionário de grãos, especialmente soja e milho, na manhã desta terça-feira, 5. Os envolvidos também contrabandeavam defensivos agrícolas.

Os produtos eram trazidos da Argentina para o Brasil por meio de portos clandestinos às margens do Rio Uruguai. Foram apreendidas 171 toneladas de soja, farelo de soja e milho. Onze das prisões foram cumpridas em flagrante. Caminhões, automóveis e vinhos também foram apreendidos.

Além dos 16 mandatos de prisão, as operações Dangerous e Paschoal cumpriram 59 mandados de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Palmeira das Missões, Rodeio Bonito, Cerro Grande, Três Passos, Tiradentes do Sul, Horizontina, Crissiumal, Santo Ângelo, Condor, Tuparendi e Santana do Livramento.

Contrabando de soja e outros grãos movimentou R$ 3,5 bilhões, diz PF

Os mandados também foram cumpridos em Itapema, em Santa Catarina; Itaí, em São Paulo; Palmas, capital do Tocantins e São Luís, capital do Maranhão. A ação envolveu 200 policiais federais.

A Polícia Federal também bloqueou R$ 58 milhões de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Houve também sequestro e arresto de automóveis, imóveis de luxo e de uma aeronave com valor estimado em R$ 3,6 milhões.

As investigações da Polícia Federal começaram em 2022. De lá para cá, os policiais descobriram que a organização era formada por três núcleos que atuavam de forma coordenada entre os detentores dos portos clandestinos, os beneficiários e revendedores das mercadorias contrabandeadas e os operadores financeiros.

A organização realizava diversas operações cambiais fora do sistema legal por meio de doleiros para evasão de divisas quando pagavam a mercadoria no exterior. Uma das empresas envolvidas adquiriu R$ 1,2 bilhão em criptoativos.

“Toda a operação criminosa é amparada pela utilização de documentação fraudada”, explicou a Polícia Federal. “Como notas de produtores rurais lançadas para justificar o grande volume de grãos contrabandeados comercializados ou emitidas por empresas de fachada.”

De acordo com a PF, a organização criminosa movimentou mais de R$ 3,5 bilhões nos últimos cinco anos em mercadoras internalizadas, evasão de dividas e lavagem de dinheiro.

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