Nunes enfrenta pressão para vice com ‘coronel de Bolsonaro’ cotado para contrapor Marta

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, enfrenta pressão para compor a chapa que disputará as próximas eleições municipais. Contribuiu para essa pressa o acerto entre Guilherme Boulos (Psol) e Marta Suplicy para o pleito, conforme informou a Folha de S.Paulo.

Assessores do prefeito, no entanto, querem evitar que essa pressão sobre a candidatura prevaleça neste momento. Eles acreditam que deve ser mantido o foco das entregas da gestão. As convenções para a definição da chapa ocorrem entre julho e agosto, segundo informou a Folha.

O nome que passou a despontar entre os cotados para ser candidato a vice, na chapa de Nunes, é o do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo. Bolsonarista, ele foi presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e ex-comandante da Rota.

A possibilidade ganhou força em dezembro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu apoiar a reeleição de Nunes, segundo afirmação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, à Folha. Bolsonaro, então, passou a ser responsável por indicar um vice do PL para a chapa do prefeito.

Mello Araújo é uma escolha de consenso entre o núcleo do ex-presidente e o PL, segundo aliados de Bolsonaro. Já os de Nunes, no entanto, afirmam não ter ouvido ainda sobre o coronel e dizem que o favorito do ex-presidente muda a cada momento.

Vice ligado à segurança pública

Interlocutores do prefeito têm dito que a escolha terá de ser consenso entre todos os envolvidos, com a concordância de Nunes. O aval terá de ser costurado com detalhes, já que deve vir de todas as partes: Bolsonaro, o PL e os demais partidos e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado parte fundamental.

Para aliados de Nunes, mesmo que a inclusão de Marta possa fortalecer a chapa adversária, levantar nomes agora seria criar discórdia e queimar os postulantes, completam.

Entre os principais partidos que apoiam Nunes — PL, Republicanos, PP, União Brasil e PSD, além do MDB –, um vice ligado à segurança pública seria bem-vindo. A Folha lembrou que pesquisas têm mostrado que a segurança é o principal problema da cidade na visão dos eleitores.

Além de Mello Araújo, parlamentares aliados de Nunes mencionam como possíveis candidatos a vice o deputado federal Coronel Telhada (PP), o deputado estadual Delegado Olim (PP) e o secretário-executivo de Segurança Pública do Estado, delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

Os principais entusiastas de uma aliança entre o ex-presidente e Nunes, em vez de o PL lançar um candidato a prefeito, são Valdemar e Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro.

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