O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, expressou sua lamentação diante dos vetos na Lei dos Agrotóxicos, após mais de 20 anos de discussão no Congresso Nacional. Veronez considera que esses vetos comprometem os avanços propostos na lei, desfigurando as melhorias planejadas.
Em suas declarações, Veronez ressalta a insatisfação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com os vetos e destaca os esforços para derrubá-los, semelhante ao ocorrido com o marco temporal em dezembro do ano passado. Ele enfatiza a grande expectativa dos ruralistas em reverter esses vetos, preservando assim a integridade da lei.
Segundo Assuero, a Lei dos Agrotóxicos proporcionaria maior agilidade nos processos de licenciamento, trazendo benefícios significativos do ponto de vista ambiental. Ele argumenta que os novos produtos desenvolvidos pela pesquisa são mais eficazes no combate às pragas e menos prejudiciais ao meio ambiente.
“Na verdade, os chamados agrotóxicos são, no fundo, medicamentos para as plantas. Os remédios humanos também são tóxicos quando usados em doses excessivas. Os defensivos agrícolas também só causam danos quando usados em desacordo com os receituários agronômicos. Pesquisas mostram que nos casos de intoxicações em geral no Brasil, apenas 5% são decorrentes dos chamados agrotóxicos, portanto, mostram que há todo um cuidado no uso e manipulação nesses produtos os quais são imprescindíveis à produção agrícola pois, sem eles, não haveria alimento para atender a população brasileira”, disse.
O empresário lamenta a burocracia na análise desses produtos no Brasil, ressaltando que o processo de aprovação pela Anvisa pode levar de oito a dez anos, em contraste com países como Estados Unidos e Canadá, onde esse processo não ultrapassa dois anos. Ele destaca que, geralmente, as novas moléculas oferecem maior proteção às plantas e têm baixa toxicidade, degradando-se rapidamente no meio ambiente.