Em editorial publicado neste sábado, 27, O Estado de S. Paulo (Estadão) criticou o governo Lula. Conforme o jornal, “não é essa a agenda que venceu a eleição”.
“Muitos dos votos que Lula obteve no segundo turno não representaram apoio incondicional ao petista e às suas políticas, mas uma rejeição inequívoca à figura intragável de Jair Bolsonaro, que, durante a pandemia de covid-19, boicotou medidas preventivas, postergou a compra de vacinas e debochou da morte de milhares de brasileiros”, observou o Estadão.
Estadão disse que frente ampla elegeu o governo Lula
Adiante, o Estadão afirmou que, ao convidar Geraldo Alckmin para compor uma chapa e obter o endosso de Simone Tebet entre o primeiro e o segundo turnos para um governo, Lula “pôde assumir o discurso de uma ‘frente ampla’ sem o qual certamente não teria sido eleito”.
De acordo com o jornal, o tom conciliador do presidente começou a “dar lugar a um revisionismo histórico que nega os equívocos que permearam a malfadada ‘Nova Matriz Econômica’”. “A nova política industrial recentemente apresentada, por exemplo, é um compilado das ideias atrasadas que tantos prejuízos causaram ao longo da trevosa era petista, em especial durante a terrível passagem de Dilma Rousseff pela Presidência”, disse o jornal. “Lá estão as exigências de ‘conteúdo local’ e o velho protecionismo que incentivam o subdesenvolvimento.”