Após uma década do lançamento da Intacta RR2 PRO – a primeira biotecnologia produzida adaptada ao clima tropical – e três anos após a Intacta 2Xtend, a Bayer planeja colocar no mercado a sua terceira geração. O Líder de Produtos de Soja e Algodão da Divisão Agrícola da marca confirma que a intenção é lançar daqui a duas safras.
“A terceira geração, ainda não nominamos como Intacta 3, a previsão é de lançamento na safra de 2027/28 para trazer mais inovação e rentabilidade para o agricultor”, afirma Fernando Prudente ao Agro Estadão.
Atualmente, mais de 95% das lavouras do Brasil já usam sementes geneticamente modificadas para diversas culturas. Prudente comenta que os resultados das lavouras nas últimas três décadas comprovam que o agricultor que “investiu em produção usando tecnologia e inovação produziu melhor”.
Ele lembra que a Intacta 2Xtend, que chegou ao mercado em 2021, permitiu um salto de produtividade representativo, com as lavouras entregando 100 sacas de soja por hectare. O executivo chama atenção para a importância da legislação que garante ao desenvolvedor da tecnologia o pagamento de royalties.
“Por que o Brasil é referência como maior produtor de soja, maior exportador? Porque aqui temos um ambiente seguro onde empresas como a Bayer podem investir e terão retorno do seu investimento, que é base para qualquer negócio, não só para biotecnologia. Para continuar tendo todas as inovações e tecnologias que nós temos é muito importante seguir a legislação vigente”, afirma. Prudente também reforça que a segurança jurídica é opção do agricultor.
“O ambiente seguro da legislação nos permite ter essa cobrança e esse retorno. E o que a gente sempre fala: a cobrança e o valor é uma opção a mais, o produtor pode ou não utilizar”, alerta. Sobre os recentes processos de judicialização envolvendo patentes, o executivo ressalta que acredita no cumprimento da lei.
“Nós temos segurança e convicção dos nossos produtos que são seguros. Então, a gente vai continuar acreditando, continuar trabalhando nessa linha para trazer mais novos investimentos. Nós acreditamos nesse modelo e continuamos investindo e vamos continuar investindo. O que que falta para que se entenda que existem os dois caminhos que precisam ser seguidos é a questão da opção, é a opção, tem que ter opção para esse caminho nós temos uma legislação e temos produtos protegidos. A outra opção é não utilizar, não utilizar outros na verdade legal”, afirma.
Pagamento de royalties a Bayer segue em discussão no STF
O processo movido pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) contra a Bayer (antiga Monsanto) está em fase de “produção de provas” no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a diretora jurídica da divisão agrícola da Bayer, Rosana Delicato.
Ao Agro Estadão, ela explica que a empresa está confiante no resultado porque está aplicando o que o ordenamento jurídico prevê para quem é titular de patentes. “A grande discussão é como se cobra as patentes. Quando olhamos para um contexto de tecnologia em soja ou em outras culturas, o que é levado em consideração pelo titular da patente é o benefício que isso leva tanto do ponto de vista econômico para o agricultor, a produtividade, quanto benefícios que nem eram tão valorizados como hoje, que é a baixa emissão de carbono ou redução do uso de água”, avalia.
Confira no vídeo abaixo o que Fernando Prudente fala sobre a Intacta e a importância da biotecnologia para a produção agrícola.
*Jornalista viajou a São Paulo (SP) a convite da Bayer.