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Em entrevista à Veja, Alan Rick rebate críticas do Carrefour à carne brasileira: ‘Nossa carne segue as mais rígidas normas ambientais e sanitárias’

O presidente da Comissão de Agricultura do Senado, senador Alan Rick (União-AC), comentou sobre a recente crise gerada pela decisão do Carrefour de suspender a compra de carne do Mercosul, incluindo o Brasil, para as lojas da França. A medida provocou uma forte reação do Congresso Nacional, do governo brasileiro e do setor agropecuário, levando a empresa a recuar e anunciar que continuará comprando carne brasileira.

Em entrevista ao programa Ponto de Vista, da Veja, Alan fez um diagnóstico sobre os impactos da decisão e defendeu a qualidade e a sustentabilidade da carne brasileira. O senador destacou que, no período de janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou 3,47 milhões de toneladas de carne, com a União Europeia respondendo por apenas 92 mil toneladas, cerca de 445 milhões de dólares. Em contrapartida, a China foi o maior importador, com 1,6 milhão de toneladas de carne, representando 46% das exportações brasileiras, totalizando 5 bilhões de dólares.

“O que nós estamos falando aqui é de uma declaração que coloca em cheque a sanidade do nosso rebanho bovino, que responde às mais rígidas normas ambientais brasileiras e mundiais. Por isso exportamos carne para a União Europeia e para a França há mais de 40 anos, sem nenhum problema”, afirmou Alan, ressaltando que a produção de carne no Brasil é altamente sustentável, com manejo de pastagem e adubação sem a necessidade de derrubada de árvores.

O senador também apontou que o movimento do Carrefour é parte de uma estratégia protecionista da França, que visa proteger seu próprio setor agropecuário, fortemente subsidiado. “O que está por trás disso, gente, está muito claro, é tentar impedir esse acordo União Europeia-Mercosul”, declarou Rick, referindo-se às negociações comerciais que envolvem a redução de barreiras comerciais entre os dois blocos.

Em resposta às críticas, o Carrefour publicou uma carta nesta terça-feira (26), recuando da decisão e anunciando que continuará a compra de carne brasileira.

Veja abaixo a entrevista completa:

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