BR-364 afunda de novo: um bilhão na lama

E lá vamos nós de novo! Como um relógio quebrado que acerta a hora duas vezes por dia, a BR-364 voltou a fazer o que sabe melhor: desmoronar. Dessa vez, foi entre Feijó e Tarauacá. O trecho partiu ao meio, deixando cidades inteiras isoladas, como se estivéssemos no século XVIII e não em pleno 2025. Choveu? Adeus estrada. Um pequeno detalhe que parece surpreender os gênios que comandam a infraestrutura deste país.

A crítica inicial veio de um amigo que conhece bem os bastidores desse caos: João Paulo Bittar, presidente da Funtac – Fundação de Tecnologia do Estado do Acre. E ele não está errado. O governo Bolsonaro, pelo menos, teve a decência de dizer: chega de tampar buraco com chiclete e cuspe. Ou se reconstrói a estrada de uma vez ou parem de jogar dinheiro no ralo. Mas eis que volta a turma do “faz de conta”, e em menos de três anos de governo Lula, já mexeram duas vezes na BR-364. O resultado? Bem, basta perguntar para quem ficou isolado em Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Envira. O tal “investimento” virou lama, como sempre.

A piada é velha, mas continua sendo contada como se fosse novidade: despejam dinheiro na BR-364, e a estrada continua se desmanchando na primeira chuva. Um bilhão de reais. Sim, UM BILHÃO. Dizem que essa dinheirama toda já foi investida na rodovia. Mas investida onde, exatamente? No asfalto que derrete? Nos buracos que se multiplicam? No discurso bem ensaiado dos engravatados de Brasília?

Nas redes sociais, o deputado Luiz Gonzaga resumiu a indignação do povo:

“Mas o engraçado mesmo é que dizem por aí que a BR já recebeu mais de um bilhão de reais em investimentos. Um bilhão! E a gente aqui, desviando de buraco, esperando uma estrada que preste. Cadê esse dinheiro? Cadê a manutenção de verdade? Ou será que a BR-364 só existe no papel e no discurso bonito?”

Ótima pergunta, deputado. Mas a resposta, todos nós já sabemos. O Brasil não tem governo. Tem um teatro de burocratas incompetentes que falam como salvadores da pátria enquanto o povo continua atolado—literalmente.

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