A segunda caravana da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) percorre nesta quinta-feira, 5, os trechos mais críticos da BR-364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, com o objetivo de fiscalizar as condições da estrada e cobrar providências efetivas do governo federal. Liderando a comitiva, o presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (Progressistas), voltou a alertar para o risco de colapso da rodovia e defendeu ações contínuas de recuperação.
“A BR-364 não pode mais ser tratada como um problema sazonal. Essa rodovia é a espinha dorsal do Acre. Enquanto não houver um plano de recuperação permanente, continuaremos vivendo esse colapso todos os anos. Nossa missão aqui é cobrar, fiscalizar e mostrar para o Brasil que o Acre está isolado quando essa estrada para”, afirmou o parlamentar.
A caravana “A BR-364 pede socorro” reúne deputados estaduais, representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e lideranças locais. O grupo tem inspecionado pontes danificadas, trechos com afundamentos e falhas na sinalização. Entre os pontos de maior preocupação está a ponte sobre o Rio Caeté, que colapsou parcialmente em março deste ano.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Ricardo Araújo, confirmou nesta quinta-feira que a construção de uma nova ponte no local já está garantida. De acordo com ele, o projeto definitivo será elaborado pelo Dnit nacional, enquanto uma intervenção emergencial permitiu o tráfego provisório no trecho.
“A nova ponte é um projeto muito grande. Vai ser executado em Brasília, mas de imediato, nós vamos fazer a recuperação desse pilar aqui, que é o mais importante. Em quatro meses a gente vai estar liberando o trânsito em cima dessa ponte. E aí vai dar tempo para que o Dnit nacional faça o projeto dessa obra”, explicou.
A comitiva continua viagem até Cruzeiro do Sul, levantando dados e registros técnicos para subsidiar novos encaminhamentos junto à bancada federal e aos órgãos de controle. O objetivo é garantir que a BR-364 receba atenção prioritária e que a população do interior do estado não siga isolada por falta de infraestrutura.