A formalização da nova federação partidária entre PRD e Solidariedade nesta terça-feira (25) já começa a redesenhar os bastidores políticos de olho nas eleições de 2026. Com críticas ao governo Lula, a união dos partidos tem como pano de fundo o fortalecimento das legendas frente à cláusula de barreira e o aumento do fundo eleitoral. A federação também sinaliza um aceno à possível candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ao Planalto.
No Acre, o PRD é presidido pelo produtor rural Pedro Valério, enquanto o Solidariedade está sob o comando do deputado estadual Afonso Fernandes. Ambos os dirigentes já declararam apoio à vice-governadora Mailza Assis como pré-candidata ao governo em 2026.
Em conversa com o jornalista Ronan Matos, editor-chefe do Diário do Acre, Pedro Valério falou sobre os próximos passos da federação no estado, destacando a busca por unidade e harmonia entre os partidos:
“Eu fico feliz com a Federação. Isso fortalece os dois partidos, aumenta o nosso capital político, o nosso empoderamento. Agora, a discussão sobre a presidência da Federação a nível nacional ficará com o PRD”.
“Aqui no Acre será aberta uma discussão, uma conversa dos dois partidos. E nós vamos trabalhar a unidade da Federação para que não haja nenhum tipo de enfrentamento, um tipo de disputa que possa nos trazer prejuízo político”.
“O deputado Afonso Fernandes é um líder, uma pessoa que tem o nosso respeito, nossa admiração. E espero que a gente tenha uma reciprocidade em relação também à direção do PRD, que vamos trabalhar, vamos construir, vamos discutir.”
Segundo Valério, o foco principal da federação será a formação de uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados:
“O objetivo do lado do PRD é formar uma chapa forte de deputado federal, para tentar eleger um deputado federal, que é o que interessa para o partido a nível de Brasil. É a eleição de um deputado federal pela federação”.
Sobre a condução da federação no estado, Pedro Valério reforçou que o processo será conduzido com cautela:
“Só que essa discussão sobre quem presidirá a Federação vai ficar bem mais lá pra frente, porque primeiro vai ser sacramentada a direção da Federação do âmbito nacional, depois será discutida estado por estado. E a gente vai, na medida do possível, colaborar pra que não haja nenhum tipo de atrito aqui, que a presença da Federação aqui seja eleita num consenso, num entendimento entre os dois”, finalizou.