O governo do Acre, por meio da equipe técnica da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), realizou na última sexta-feira, 27, uma importante ação de fortalecimento da meliponicultura em Porto Acre. A atividade teve como foco orientar, de forma prática, os produtores sobre a técnica de divisão de colônias de abelhas sem ferrão — etapa fundamental para o crescimento da produção e a conservação das espécies nativas.
“Sempre iremos acreditar nas capacitações que representam o fortalecimento da autonomia dos nossos produtores. Nós, enquanto governo, precisamos garantir a plena segurança no manejo e, assim, promover a preservação das abelhas nativas. O Programa REM tem sido nosso parceiro em levar essas ações para as comunidades, contribuindo diretamente com a gente na transformação da realidade de quem vive da agricultura”, destacou o titular da Seagri, José Luis Tchê.
Os produtores contemplados receberam, há cerca de duas semanas, caixas como incentivo inicial. Com a visita técnica, puderam aprender diretamente no campo como realizar as divisões das colônias, adquirindo conhecimentos práticos e mais segurança para conduzir os manejos em suas propriedades.
Cerca de 12 produtores da comunidade participaram da atividade com perfil voltado à agricultura familiar e ao extrativismo sustentável. A capacitação integra as ações do Programa REM Acre e reforça o compromisso do governo do Estado em promover o desenvolvimento rural por meio da valorização da meliponicultura, do conhecimento técnico e do apoio direto às comunidades locais.
Benefícios para a associação
Essa capacitação representa um importante passo para o fortalecimento da associação local de produtores. A orientação técnica contínua promove autonomia, troca de experiências e a multiplicação sustentável das colmeias, contribuindo para uma atividade economicamente viável e ambientalmente responsável.
A vivência prática fortalece a confiança dos produtores, que passam a dominar uma das técnicas mais importantes da meliponicultura. Com isso, têm melhores condições de expandir suas produções, gerar renda e proteger as abelhas sem ferrão, essenciais para a polinização e o equilíbrio ambiental.
A divisão de caixas consiste em separar uma colônia-mãe saudável em duas caixas distintas, garantindo que ambas fiquem com ninho, postura e alimento suficientes para o pleno desenvolvimento dos enxames. O processo exige conhecimento técnico, paciência e manejo cuidadoso, pontos destacados durante a capacitação.
A ação foi conduzida pelas técnicas da Secretaria de Agricultura, com o apoio e participação do zootecnista, apicultor e meliponicultor Nélio Figueiredo, de Rio Branco. Durante a atividade, Nélio compartilhou suas experiências no manejo de abelhas nativas, contribuindo com relatos práticos e orientações que enriqueceram o momento e estimularam a troca de saberes entre técnicos e comunidade.