Acre lança programa socioambiental com apoio internacional e investimento de R$ 15 milhões

O governo do Acre lançou, nesta segunda-feira (30), o Programa de Resiliência Socioambiental nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Igarapé São Francisco e do Lago do Amapá, em Rio Branco. Com investimento de R$ 15 milhões, o projeto é financiado pelo governo do Canadá, por meio do Fundo Brasil-ONU, com execução da Unesco e apoio do Consórcio da Amazônia Legal. A iniciativa será conduzida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e tem previsão de execução até 2026.

A assinatura do termo de cooperação contou com a presença de autoridades nacionais e internacionais. A governadora em exercício, Mailza Assis, destacou a importância das parcerias globais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover justiça socioambiental. Segundo ela, o programa irá fomentar geração de renda, educação ambiental, acesso à água potável e fortalecimento das organizações sociais locais.

O secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, ressaltou que a Sema já possuía planos estruturados para a região e que o apoio internacional viabiliza a execução. Ele citou ações como instalação de fossas sépticas no bairro São Francisco, combate a incêndios, manejo hídrico e programas voltados para juventude e mulheres. “Vamos fortalecer cadeias produtivas, a bioeconomia e o turismo, com participação ativa da comunidade”, afirmou.

A coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, afirmou que o Acre se destacou entre 14 propostas enviadas de todo o país. Após rigorosa avaliação, apenas três foram aprovadas, incluindo o projeto acreano, agora tratado como referência nacional. “Nosso fundo é focado na dignidade humana. O Acre demonstrou capacidade técnica e compromisso com as populações tradicionais”, disse.

O coordenador de Ciências Humanas e Sociais da Unesco, Fábio Eon, classificou o Acre como “um grande laboratório” em políticas ambientais. Após o lançamento, os participantes visitaram a Biofábrica no Viveiro da Floresta, que fornecerá mudas para restaurar 30 hectares com sistemas agroflorestais, utilizando espécies como açaí, cacau e café.

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