Em artigo no Diário do Acre, Valterlucio diz que “Tarifa Moraes” é resposta às escolhas diplomáticas de Lula

Em seu novo artigo aqui no Diário do Acre, o articulista Valterlucio Campelo diz que a tarifa imposta por Donald Trump é uma resposta direta às escolhas diplomáticas do governo Lula e às ações do ministro Alexandre de Moraes, batizando a medida de “Tarifa Moraes”. Segundo ele, o Brasil agora paga o preço por seus alinhamentos ideológicos.

Em uma carta dirigida ao povo brasileiro nesta quarta-feira (09/07), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (ver aqui) dá sua versão, em comum com o jornalista Paulo Figueiredo, sobre a carta que o presidente Donald Trump (ver aqui) jogou no colo do Lula, impondo a tarifa de 50% de impostos a todo e qualquer produto brasileiro que entra nos EUA. É uma bomba que o Brasil nunca experimentou.

Como era de esperar, imediatamente os esquerdistas correram para os microfones e holofotes para botar a culpa no Bolsonaro, ou seja, Donald Trump teria agido em função de uma defesa do ex-presidente, como se ele tivesse feito esse pedido ao Trump. Ridículo. Se alguém acha que a defesa de um líder pode fazer a maior economia do mundo espetar em seu antigo parceiro uma tarifa dessas, é louco ou um petista aloprado, o que não é difícil encontrar.

Lembremos que desde sua posse, Trump já vem desprezando o Lula. Nunca sequer recebeu um telefonema seu. As causas remontam aos arroubos do Lula durante a campanha nos EUA, quando tomou lado e chegou a chamar o Trump de nazista. Mas não é só isso, vejamos:

Lula dá os braços aos palestinos e se alia aos terroristas contra Israel, formando assim fileiras contra os EUA. Falar bobagens em fóruns internacionais e acusar de genocida o governo de Israel sobra para os EUA e isso entrou na conta.

Lula dá os braços à China, estabelece a ditadura como irmão e, desse modo, quebra pontes com os EUA. Só um imbecil desconhece que o alinhamento à China significa um distanciamento dos EUA.

Lula se alia ao Irã contra Israel e, assim, dá suporte à fabricação da bomba atômica por aquele país que, entre muitas estrepolias, financia terroristas antissemitas. De novo, Lula vira as costas aos EUA.

Obviamente, isso não sai barato. Mas tem mais. Vejamos a postura arrogante e desafiadora do Lula no BRICS. Essa história de criar outra moeda para substituir o dólar nas transações entre os países, vem sendo estimulada pelo Lula e pela própria Dilma que (valha-me Deus!) preside o banco NBD (Novo Banco de Desenvolvimento). Na perspectiva de expansão do BRICS até a Venezuela entrou na fila, mesmo se tratando de uma ditadura estabelecida por fraude eleitoral.

Além de tudo isso, liste-se os termos da carta de Trump, ou seja, o ataque a empresas de mídia sediadas nos EUA com multas e suspensões, a aplicação de censura de residentes e nacionais americanos e, também importante, a perseguição ao ex-presidente Bolsonaro, tida pelo Trump como uma vergonha internacional. Como se vê, não se trata de mero companheirismo entre Trump e Bolsonaro. Pensar assim é burrice ou militância de sabujo.

E agora? O Lula, emprenhado por não sei quem, disse que tudo será tratado com reciprocidade. Será? O próprio Trump afirma em sua carta que se assim vier será assimilada com mais tarifa. Talvez seja hora de sentar-se à mesa. Há consequências.

No comércio exterior, se reduzem as exportações, com destaque para produtos agropecuários (soja, carne, sucos, açúcar, café), minérios (principalmente ferro), produtos industriais (aviões, automóveis, celulose, aço). Não é pouca coisa sendo os EUA um dos principais destinos de mercadorias brasileiras. Some-se, a alta do dólar, o que impactará outros mercados, queda no PIB, desemprego.

Pergunta importante é saber se os gigantes brasileiros desses setores ficarão quietos ou pressionarão o governo. A JBS, por exemplo, sócia do lulopetismo desde a outra quadra do Lula no governo quando participou do petrolão, assimilará a bronca ou reagirá? Aguardemos o andar da carruagem.

Politicamente, o lulopetismo tentará jogar a culpa no Bolsonaro. A imprensa aguarda apenas a atualização do PIX para fazer esse papel, como se uma decisão dessa importância, de reflexos econômicos e diplomáticos graves, dependesse de companheirismo e não das estrepolias do Lula. O ministro Moraes fará algo a respeito, ou dobrará a aposta? Sabe-se lá. E se vier em seguida a Magnitisky no lombo de alguns supremos? Não esqueçamos que há nos EUA um processo contra o Alexandre de Moraes, pessoa física, aguardando sua defesa que até agora não apareceu. O ministro se defenderá ou dará de ombros?

São muitas interrogações, as respostas surgirão nos próximos dias. Certo é que a Tarifa Moraes (termo usado pelo deputado Eduardo Bolsonaro) já foi estabelecida e a partir de 1º de agosto, o couro de muitos arderá.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

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