O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou sua insatisfação em relação ao aumento de tarifas promovido por Donald Trump, ressaltando que essa medida traz sérios danos ao Brasil, com ênfase nas consequências para o estado paulista. Ele enfatizou a relevância de manter um canal de comunicação aberto com os Estados Unidos, citando o México como um modelo de negociações eficazes. “Vamos pensar que, recentemente, o México foi sobretaxado em meio a uma questão política envolvida na aplicação da super tarifa, da super taxação e, mesmo sendo o governo de um outro alinhamento, sentaram na mesa, discutiram e chegaram à boa equação”, afirmou nesta quinta-feira (10), durante a entrega do primeiro trem da Linha 6-Laranja do metrô em São Paulo.
Tarcísio alertou que o tarifaço terá um efeito adverso sobre a economia de São Paulo, um dos principais estados exportadores do Brasil, especialmente em relação ao mercado norte-americano. O governador destacou a urgência de encontrar uma solução para essa questão até agosto, data em que as novas tarifas devem ser implementadas.
“O impacto é negativo porque São Paulo é um grande exportador e o maior destino de exportações industriais do Estado de São Paulo são os Estados Unidos. Pega o exemplo de empresas importantes como a Embraer, que fechou grandes contratos agora recentemente. A gente está fazendo a nossa parte, nós já estamos conversando com a embaixada norte-americana, mas o esforço diplomático agora cabe ao Governo Federal. Cabe a ele sentar na mesa, negociar e resolver, apontar um caminho, como a diplomacia brasileira sempre fez ao longo da sua história”, disse.
Além de suas críticas ao tarifaço, o governador também se posicionou sobre a política econômica do ministro Fernando Haddad, expressando sua preocupação com a situação econômica do país: “Se ele cuidasse da economia, ele estaria indo bem. O Brasil não está indo bem. Cabe a ele falar menos e trabalhar mais”.
Por fim, Tarcísio de Freitas comentou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo a possibilidade de um indulto caso ele seja condenado. “Primeira coisa, eu entendo que o presidente é inocente e vai ser inocentado. E aí não vai ser necessário indulto. E, se for necessário, eu tenho certeza de que qualquer candidato desse bloco de centro-direita vai dar o indulto. Esse indulto vai ser negociado porque deve ser visto como um fator de pacificação.”