Como o Brasil deveria negociar com os EUA

O melhor caminho para resolver o problema seria o da negociação: mostrar a Trump que a balança comercial brasileira é deficitária em relação à americana, e as tarifas de importação entre os países são parecidas.

O governo brasileiro quer evitar a taxação de 50% dos produtos brasileiros exportados para os EUA, a partir de dia 1º de agosto, conforme anunciado por Donald Trump. A fim de frear a nova alíquota, com efeitos negativos para o nosso setor exportador, algumas soluções são colocadas à mesa para contornar o problema.

O melhor caminho para resolver o problema seria o da negociação. Mostrar a Trump que a balança comercial brasileira é deficitária em relação à americana, e as tarifas de importação praticadas entre os países são parecidas – em média 2,3% pelos EUA, e 2,7% pelo Brasil -, de acordo com os dados da Ancham.

Com isso, seria possível neutralizar parte da justificativa de Trump para a imposição da tarifa. Quanto ao outro motivo exposto na carta do presidente americano, de perseguição política a Jair Bolsonaro, cabe ao governo brasileiro bater na tecla de que esta decisão compete ao Judiciário, e não ao poder Executivo.

Por fim, o governo brasileiro deveria dar algum tipo de garantia a Trump de que não pretende substituir o dólar nas transações econômico-financeiras. Embora Trump não tenha externalizado esse motivo em sua carta, essa hipótese é bem plausível, conforme escrevi anteriormente. Se, mesmo assim, o Brasil for taxado, o governo não deverá aplicar tarifas recíprocas, tema que eu deixo para  o próximo artigo.

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