Uma pesquisa do Instituto Nexus, divulgada nesta semana, revela que o preço elevado para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é o principal obstáculo para que motoristas se regularizem no Brasil. No Norte, 64% da população ainda não possui habilitação — e no Acre, onde o custo médio é de R$ 3.906,60, a situação é ainda mais desafiadora.
O valor cobrado no estado é o mais alto da região e o sexto mais caro do país, segundo o levantamento “Perfil do Condutor Brasileiro”, elaborado com base em dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O custo inclui taxas como exames médicos e psicológicos, aulas teóricas e práticas, uso de simulador (quando exigido) e taxas do Detran.
Comparativo regional
Entre os estados do Norte, o Acre lidera com folga o ranking de preços:
- Acre: R$ 3.906,60
- Roraima: R$ 3.828,40
- Amapá: R$ 3.780,47
- Amazonas: R$ 3.418,95
- Tocantins: R$ 2.985,32
- Pará: R$ 2.802,45
- Rondônia: R$ 2.355,22
Já no cenário nacional, o estado ocupa o 6º lugar:
- Rio Grande do Sul – R$ 4.951,35
- Mato Grosso do Sul – R$ 4.477,95
- Bahia – R$ 4.120,75
- Minas Gerais – R$ 3.968,15
- Santa Catarina – R$ 3.906,90
- Acre – R$ 3.906,60
- Roraima – R$ 3.828,40
- Amapá – R$ 3.780,47
- Paraná – R$ 3.670,83
- Amazonas – R$ 3.418,95
Preço alto, informalidade maior
O estudo mostra que cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação, e o preço é o fator mais citado para não se regularizarem. Entre os entrevistados sem CNH, 49% apontaram o valor como principal impedimento.
Outros dados revelam que:
- 32% ainda não se habilitaram por causa do custo;
- 80% consideram o processo caro ou muito caro;
- 66% acreditam que o preço não condiz com o serviço entregue.
A realidade é ainda mais crítica entre famílias com renda de até um salário mínimo: 81% não possuem habilitação.



