O governo do Estado, o Sebrae no Acre e as federações empresariais lançaram nesta sexta-feira, 22, a agenda de negócios do setor produtivo acreano em expofeiras internacionais na Bolívia e no Peru. A intenção da iniciativa, anunciada na sede da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) em Rio Branco, é fortalecer o setor produtivo local e projetar as empresas acreanas no mercado internacional com o objetivo de estreitar as relações comerciais do estado com diversos países.
Além da Secretaria de Estado Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Agência de Negócios do Acre (Anac), Sebrae e Fieac, a missão empresarial também conta com as federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), das Associações Comerciais e Empresariais (Federacre) e da Agricultura e Pecuária (Faeac). Ao todo, serão 20 empresas locais na Expocruz, de 19 a 28 de setembro em Santa Cruz de la Sierra, e outras 20 na Expoalimentaria, de 24 a 26 do mesmo mês na cidade de Lima. Elas mostrarão seus produtos no Estande Acre.

Titular da Seict, Assurbanípal Mesquita explicou que os empreendimentos interessados em participar dos eventos serão selecionados a partir de um edital de chamamento público, que será lançado em breve. De acordo com ele, a ação integra um conjunto de medidas estratégicas que têm como prioridade a atração de novos negócios ao estado, firmar muitos acordos de exportação do Acre para os vizinhos, construir relações com outras nações e incentivar o empreendedorismo.
“São duas feiras fantásticas, de porte internacional, que terão a presença de países como Estados Unidos, China, Argentina e os da Europa. Isso trará uma amplitude bem maior às nossas empresas. Na Expocruz, já estamos articulando a realização de um evento específico do Acre que reunirá todas as comitivas presentes para um encontro mais pessoal e dinâmico, com degustação dos nossos produtos e apresentação das diversas cadeias produtivas que possuímos”, falou Mesquita.
Walesca Bezerra, presidente da Anac, destacou que os eventos estão entre as maiores vitrines de negócios da América Latina, movimentando investimentos em setores estratégicos como indústria, agronegócio, comércio e alimentos. Ela também enfatizou que é essencial estimular a inserção de empresas acreanas no mercado internacional para criar oportunidades concretas de ampliar a visibilidade da produção local dos setores e estabelecer parcerias comerciais longevas.

“O maior papel da Anac é fomentar esse e outros tipos de negócios, sempre com o apoio da Seict, para que o nosso estado viva o desenvolvimento pleno. Teremos equipes simultâneas nos dois eventos para fazer essa divisão de trabalho e otimizar a formalização de novas parcerias. A gente quer que os empresários participem de forma massiva, já que a participação nesse tipo de atividade sempre rende negócios e conseguimos viabilizar novas exportações”, disse a gestora.
Internacionalização
O diretor técnico do Sebrae no Acre, Kleber Campos, destacou que a missão empresarial também integra o projeto de internacionalização dos empreendimentos locais que a instituição desenvolve: “Nós estamos atuando de forma mais estratégica e com mais investimentos nessa parte, a parceria com o governo e demais entidades vem proporcionando uma grande maturidade nesse aspecto. Nosso trabalho é preparar o empresariado local para atuar no antes, durante e depois das feiras”.
João Paulo de Assis, vice-presidente da Fieac, salientou que todas as entidades envolvidas já articulam a seleção dos produtos que serão expostos nas duas feiras. “Estamos conseguindo conectar nossas indústrias entre si e com outros mercados para alavancar o setor. Ainda existem muitas barreiras, mas essa união construída por muitas mãos é importante demais para desenvolver esse trabalho de projetar os empreendimentos e concretizar negócios”, acrescentou.

Antonildo Júnior, proprietário da Frutos de Goiás no Acre, ressaltou que “o apoio do governo é fundamental”. “Se não for assim, a gente encontra barreiras maiores para realizar esse intercâmbio comercial, demora muito. Como o Estado tem a engrenagem de ‘ligar a chave’ do lado brasileiro e dos outros países que queremos alcançar, essa agenda de negócios será fundamental para ampliarmos nosso alcance de exportação, que já é feita para os Estados Unidos e Peru”, finalizou.