O governo do Acre, por meio das forças de segurança, apresentou nesta quinta-feira (25) os resultados da Operação Sentinela, responsável por desarticular um esquema de tráfico de drogas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A ação foi detalhada em coletiva no auditório da Polícia Civil, com declarações ao repórter David Medeiros, do ac24horas Play.
O presidente do Iapen, Marcos Frank, explicou que a investigação teve início com a prisão em flagrante de três funcionários da cozinha do presídio. “A investigação começou com a prisão desses três funcionários. Logo em seguida, a Polícia Civil iniciou um trabalho investigativo que identificou o grupo criminoso responsável pelo envio de drogas para a unidade”, afirmou.
Segundo Frank, novas medidas de segurança foram adotadas após as primeiras prisões, resultando em apreensões significativas nas imediações do presídio. “Aproximadamente 100 quilos de maconha foram apreendidos em três operações, além de tabaco, graças à intervenção dos policiais penais”, destacou.
O presidente do Iapen acrescentou que celulares e outros objetos encontrados reforçam as investigações, além de possibilitar uma revista estrutural na unidade para prevenir fugas. “Os funcionários são contratados pela empresa, mas se trata da mão de obra de apenados que realizam o serviço. Não cremos em responsabilidade da empresa”, explicou Frank.
O delegado Saulo Macedo detalhou que a investigação começou em junho e envolveu tanto a Polícia Civil quanto a polícia penal, resultando na apreensão de mais 50 quilos de entorpecentes. “A suspeita surgiu com a prisão dos servidores da cozinha. Identificamos um grupo dedicado a enviar drogas para dentro do presídio, culminando na prisão preventiva de duas pessoas”, afirmou.
Macedo ressaltou que ainda há aspectos a serem investigados, incluindo o fluxo de recursos da organização criminosa. “A movimentação financeira será apurada nas próximas etapas. Foi identificada uma rede de tráfico atuando dentro do presídio, desarticulada com esta operação, e as investigações continuarão para identificar envolvidos dentro e fora da unidade”, concluiu.