Vozes da Amazônia: Representantes do Acre participam de fóruns preparatórios para a COP30 em Brasília

Brasília, DF – Nos dias 15 e 16 de outubro, representantes dos movimentos sociais do Acre participaram ativamente dos fóruns interconselhos e do encontro “Vozes da Amazônia”, realizados no campus da Universidade de Brasília (UnB). Os eventos integram a agenda preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.

A abertura oficial aconteceu no Centro Cultural Athos Bulcão e contou com a presença de autoridades como o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que, ao final da cerimônia de abertura, fez fotos com as mulheres da delegação acreana.

Promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o encontro teve como objetivo consolidar as contribuições da sociedade civil para a Agenda de Ação da COP30. Essa agenda orienta medidas para acelerar o cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo de Paris e nas conferências climáticas anteriores, estruturando-se em seis eixos temáticos: Energia, Indústria e Transporte; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Agricultura e Sistemas Alimentares; Cidades, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; Questões Transversais.
Durante as plenárias e os grupos de trabalho, foram apresentadas propostas complementares aos documentos preliminares da Agenda de Ação e debatidas, coletivamente, soluções para os desafios ambientais e sociais da região amazônica, conforme os eixos temáticos:

I) transição nos setores de energia, indústria e transportes; II) gestão sustentável de florestas, oceanos e biodiversidade; III) transformação da agricultura e sistemas alimentares; IV) construção de resiliência em cidades, infraestrutura e água; V) promoção de desenvolvimento humano e social; VI) catalisadores e aceleradores, incluindo financiamento, tecnologia e capacitação.

A escuta ativa das populações amazônicas foi destacada como um gesto de compromisso democrático do governo federal.

“Ouvir a sociedade e, principalmente, os povos da Amazônia é essencial para garantir que as decisões da COP30 reflitam as realidades e necessidades dos nossos territórios. A realização desses fóruns fortalece e dá voz aos movimentos sociais. Porém, esperamos que essa COP30 seja, de fato, a COP de realização das ações discutidas e prometidas nas anteriores”, cobrou Júlia Feitoza, representante do Centro de Defesa do Direitos Humanos e Educação Popular do Acre – CDDHEP/AC, na fala de abertura do evento, falando pelos Fóruns de participação social da Amazônia legal, incluindo os estados do Maranhão e Mato grosso.

O estado do Acre participou com representantes de 23 instituições:

Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS; Centro de Defesa dos Direitos Humanos e educação Popular – CDDHEP; Fórum Acreano de Educação do Campo, das águas e das florestas – Faecaf; Comitê Chico Mendes – CMM; Central de Cooperativas e empreendimento solidários -Unisol; Sindicato das trabalhadoras domésticas – STD; Rede Estadual de colegiados territoriais do Acre – Rect/Ac; Organização social casa das oportunidades; Movimento Nacional de população de rua do Acre; Movimento dos trabalhadores sem-teto – MTST; Grupo baile no seringal-forró pé de serra regional; Federação de teatro do Acre – Fetac; Federação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do Acre – Fetacre; Associação de mulheres Negras – AMN; Instituto de mulheres da Amazônia – IMA/Ac; Associação Família Azul do Acre – AFAc; Central Única dos Trabalhadores – CUT; Associação Social , Cultural dos Idosos e Familiares do Estado do Acre; Central dos movimentos populares – CMP; Fórum permanente de educação étnico racial – FPEE; Fórum Acreano de economia solidária- FAES; Comissão Nacional dos pontos de culturas – GT/Ac; Coletivo Renascer/SUAS/Ac.

O final do evento, que teve presença majoritariamente feminina, foi marcado pela leitura e aprovação do documento de construção coletiva sobre a participação Social, com a expectativa de que a luta dos Movimentos sociais contribua para tornar realidade os objetivos e metas da Agenda de Ações, antes, durante e depois do COP30.

Com a COP30 se aproximando, os fóruns realizados em Brasília reforçam o papel estratégico da Amazônia Legal na agenda climática global e evidenciam a importância da participação popular na formulação de políticas ambientais.

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