A recente nomeação de Guilherme Boulos (PSOL) como ministro da Secretaria Geral da Presidência, responsável pela relação do governo com movimentos sociais, gerou reações diversas no cenário político de São Paulo. Na última terça-feira (21), o prefeito da cidade, Ricardo Nunes, não poupou comentários irônicos sobre a nova posição de Boulos. Durante uma coletiva de imprensa, Nunes destacou que Boulos teria, pela primeira vez, a carteira assinada, desejando-lhe boa sorte de maneira sarcástica. Além disso, o prefeito expressou preocupação com a presença de pessoas que considera “radicais no governo”, enfatizando a importância do diálogo para a governabilidade.
A relação entre Nunes e Boulos é marcada por um histórico de trocas de críticas, especialmente após a disputa pela prefeitura de São Paulo em 2024, na qual Nunes saiu vitorioso no segundo turno. A nomeação de Boulos é vista com apreensão dentro do PSOL, partido ao qual ele pertence, principalmente devido à sua popularidade nas eleições de 2022. Naquela ocasião, Boulos foi o deputado mais votado em São Paulo e o segundo no Brasil, o que aumenta as expectativas sobre seu desempenho político futuro.
A expectativa é que Boulos permaneça no cargo ministerial até 2026, o que o afastaria de disputas eleitorais durante esse período. No entanto, ele ainda é considerado um potencial candidato ao Senado, o que gera preocupações no PSOL sobre a possível perda de votos e influência política. A nomeação de Boulos, portanto, não apenas altera o cenário político imediato, mas também levanta questões sobre as estratégias eleitorais do partido nos próximos anos.