Este domingo começou com clima de alívio para o setor produtivo brasileiro. Depois de quase três meses sob forte impacto do tarifaço americano, agricultores veem a possibilidade real de reverter as perdas causadas pelas taxas de 50% sobre exportações para os Estados Unidos.
O tarifaço foi anunciado pelo presidente Donald Trump e entrou em vigor no dia 6 de agosto. O presidente norte-americano foi enganado por fake news e tomou decisões errôneas que atingiram em cheio produtos como carne bovina, café, frutas e derivados de madeira, o que resultou em prejuízos bilionários.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou um prejuízo de aproximadamente R$ 30 bilhões ao agronegócio nacional. O cálculo se baseou em uma retração de quase metade das exportações brasileiras para o mercado americano após a adoção das medidas em agosto de 2025, comprometendo receitas de produtos como carne bovina, café, frutas e derivados de madeira.
No encontro os presidentes tiveram uma conversa de cerca de 50 minutos em que ficou acertado que as negociações sobre as tarifas “começam imediatamente”. O ministro Mauro Vieira afirmou que o diálogo foi franco e as conversas técnicas já começaram. “Desta vez, não há exigências de contrapartidas, o que pode acelerar o processo, disse Vieira.
Trump declarou: “em relação às tarifas impostas ao Brasil, acho que tudo é justo. Tenho muito respeito pelo seu presidente, tenho muito respeito pelo Brasil. Vamos trabalhar em acordos”. Além disso, o presidente dos Estados Unidos disse ser uma “grande honra” estar com Lula. “Acho que eles estão indo muito bem e podemos fazer bons acordos para ambos os países. Acho que nós faremos acordos. Conversamos e acho que teremos um bom relacionamento”.
O encontro contou com a participação do Secretário de estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos.
Para o campo, o impacto é direto: há grande chance de retomada nas exportações, reabertura de mercados, recuperação dos preços e ampliação da renda. O setor recebe a notícia com alívio e expectativa, aguardando que, enfim, os prejuízos causados pelo imbróglio tarifário possam ser revertidos, devolvendo fôlego e confiança ao produtor brasileiro.
ESPERANÇA – “O encontro entre os dois presidente marca um momento fundamental para o futuro do agronegócio brasileiro. Vimos o setor sofrer perdas expressivas por conta do tarifaço aplicado pelos Estados Unidos, e agora há uma sinalização clara de que, com diálogo político aberto, podemos reconquistar espaço nos principais mercados internacionais. Isso traz esperança para o setor”, comentou o presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação de Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso (Feagro-MT), Isan Rezende.
“A disposição de ambos os países em negociar de maneira direta e ágil é uma excelente notícia. O Brasil tem excelência produtiva e sustentabilidade em sua cadeia agrícola, e merece ser reconhecido como parceiro confiável. Suspender as tarifas é crucial não só para a retomada das exportações, mas também para dar estabilidade ao planejamento dos agricultores, que dependem desses canais para investir e crescer”.
“Mais do que uma vantagem comercial imediata, o que está em jogo é o futuro do agro brasileiro, que precisa de previsibilidade e relações diplomáticas baseadas em respeito mútuo. O agricultor quer produzir com segurança e ter seu trabalho valorizado lá fora. O encontro de líderes é um sinal importante de que podemos superar obstáculos e transformar desafios em oportunidades concretas para o campo”.






