Governo do Acre desenvolve novo padrão de escola do campo e primeira unidade está sendo concluída

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) está finalizando a construção da Escola Estadual José Nogueira Sobrinho, localizada no Seringal Cachoeira, zona rural de Sena Madureira. Com investimento de R$ 400 mil, é a primeira unidade escolar a ser edificada no novo padrão arquitetônico rural, que propõe uma abordagem inovadora e sustentável para as escolas do campo no Acre.

Primeira escola do novo padrão rural do Acre está em fase final de construção no Seringal Cachoeira, em Sena Madureira. Foto: cedida

O modelo, elaborado em diálogo com as comunidades rurais e equipes técnicas, valoriza elementos da arquitetura vernacular amazônica, combinando madeira e alvenaria para garantir maior durabilidade, conforto térmico, acessibilidade e eficiência no processo construtivo — especialmente em áreas de difícil acesso.

“Investir no campo é investir no futuro do nosso estado e na formação de cidadãos com as mesmas oportunidades, independentemente da região onde vivem. Estamos entregando não apenas uma escola, mas um novo modelo de política pública para a educação rural, que valoriza a equidade, o desenvolvimento social e o fortalecimento das comunidades”, enfatiza o secretário de Educação, Aberson Carvalho.

O novo padrão contempla ambientes funcionais e acolhedores, com duas salas de aula, refeitório, secretaria, cozinha com depósitos para alimentos e utensílios, bateria de banheiros e sistema de abastecimento de água por poço amazônico. Também inclui sistema de tratamento de efluentes (fossa, filtro e sumidouro), cercamento, e pintura na nova paleta de cores institucionais.

Tipologia mista

A tipologia mista adotada — piso em alvenaria e paredes combinando alvenaria e madeira — foi projetada para oferecer maior resistência à umidade e menor necessidade de manutenção, incluindo a aplicação de resina acrílica em alvenaria aparente. O projeto também introduz melhorias nas cozinhas escolares do campo, adequadas às normas de vigilância sanitária, com revestimento cerâmico e estrutura adequada para armazenamento e preparo de alimentos.

Além disso, o novo modelo atende integralmente às normas de acessibilidade (NBR 9050 e NBR 16537), com rampas, corrimãos, piso tátil e banheiros acessíveis, promovendo inclusão e autonomia para estudantes com deficiência. A unidade também possui equipamentos de prevenção e combate a incêndio, garantindo segurança e conformidade com as normas vigentes.

Projeto combina alvenaria e madeira, valorizando a arquitetura amazônica e oferecendo mais conforto, segurança e durabilidade. Foto: cedida

Mesmo em localidades sem energia elétrica, a escola foi projetada para oferecer conforto térmico, com ventilação cruzada, cobertura elevada e aberturas amplas, permitindo circulação de ar e iluminação natural durante todo o ano.

“O modelo foi desenvolvido com atenção às realidades amazônicas e às necessidades das comunidades rurais, fortalecendo uma infraestrutura capaz de oferecer condições mais dignas, seguras e confortáveis para estudantes e profissionais. Respeitamos a cultura local e levamos em consideração os desafios logísticos da região, garantindo uma construção moderna, eficiente e alinhada à realidade de quem vive e aprende no campo”, explica o diretor de Infraestrutura e Logística da SEE, Abraão Leme.

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