Governo decreta GLO para a COP30; Forças Armadas reforçam segurança no Pará, mas recusaram pedido no RJ

Governo aciona Forças Armadas para segurança da COP30; decisão contrasta com recusa de operação no Rio

O governo federal autorizou o emprego das Forças Armadas para reforçar a segurança na COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após pedido do governador Helder Barbalho (MDB), terá vigência de 2 a 23 de novembro e estabelece uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com poder policial temporário.

O foco da ação militar está na capital paraense e em áreas estratégicas dos municípios de Altamira e Tucuruí, que abrigam importantes usinas hidrelétricas. O texto ainda autoriza atuação em pontos de infraestrutura crítica da Região Metropolitana de Belém, como vias de acesso, instalações públicas e áreas de segurança do espaço aéreo.

A missão visa garantir a proteção de chefes de Estado, delegações internacionais e autoridades nacionais que participarão da conferência do clima da ONU — um dos maiores eventos globais sobre meio ambiente e clima.

Contexto e comparação com o Rio

A decisão de acionar tropas federais para a COP30 chama atenção diante do impasse recente envolvendo o Rio de Janeiro. Em meio à escalada de violência e pedidos do governo fluminense, o Ministério da Defesa e o Palácio do Planalto não autorizaram o envio das Forças Armadas com função de policiamento ostensivo nas ruas da capital carioca, reforçando que o uso militar em segurança pública urbana deve ser excepcional e muito delimitado.

No caso do Rio, o Exército ficou restrito a auxiliar na fiscalização de fronteiras e portos, evitando patrulhamento direto — postura adotada para não repetir experiências anteriores consideradas ineficazes e politicamente sensíveis, como a intervenção federal de 2018.

Já para a COP30, o governo justifica a presença militar como “proteção estratégica” diante do fluxo de lideranças internacionais e riscos associados ao evento global.

Próximos passos

A coordenação operacional da ação caberá ao Ministério da Defesa, que irá definir quais comandos militares serão empregados e como se dará a interface com as forças de segurança locais e federais.

Com a proximidade da conferência, Belém já vive uma rotina de reforço estrutural e de segurança. A capital será, pela primeira vez, o centro das discussões globais sobre clima — e o governo federal aposta em presença militar para evitar incidentes.

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