Silvas, Marias e a força indígena, levantamento do IBGE revela os nomes e sobrenomes mais comuns no Acre
Quase um terço dos acreanos carrega o mesmo sobrenome: Silva. Segundo o novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (4) com base no Censo Demográfico de 2022, 27,74% da população do estado — o equivalente a 230.212 pessoas — possui o sobrenome mais tradicional do país.
Logo atrás vêm Souza (10,41% – 86.445 pessoas) e Oliveira (8,45% – 70.120 registros). Completam o top 5 Lima (8% – 66.408) e Santos (6,76% – 56.143).
O estudo também destaca a presença de outros sobrenomes históricos no Acre, como Nascimento (5,02% – 41.663), Costa (4,38% – 36.386), Araújo (3,95% – 32.799), Ferreira (3,57% – 29.619) e Rodrigues (2,77% – 22.987).
Maria e José seguem imbatíveis
Além dos sobrenomes, o IBGE também revelou os nomes próprios mais comuns. No Acre, Maria e José seguem como campeões de popularidade.
O estado conta com mais de 72 mil Marias, sendo o 8º estado do país com maior proporção de registros femininos, e cerca de 25 mil Josés, ocupando a 9ª posição nacional em proporcionalidade. Entre os estados da Região Norte, o Acre lidera na proporção de registros para ambos os nomes.
Os dados fazem parte do banco histórico de nomes do IBGE, que reúne informações sobre moradores de 1940 a 2022, cobrindo 90,7 milhões de domicílios brasileiros.
Força indígena nos registros
Apesar da prevalência de sobrenomes de origem portuguesa, o levantamento revela um dado simbólico: o sobrenome Kaxinawá aparece na 20ª posição, com 10.960 registros (1,32% da população).
A presença expressiva reforça o papel dos povos originários na formação cultural, social e identitária do Acre elemento que se reflete não apenas na história do estado, mas também nos documentos de seus habitantes.



