Os governos dos Estados Unidos e da Argentina anunciaram, no fim da tarde desta quinta-feira, 13, um acordo comercial entre os dois países. O comunicado foi divulgado pela Casa Branca após reunião entre Pablo Quirno, novo ministro das Relações Exteriores argentino, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
Segundo informações do jornal argentino Clarín, um dos pontos mais sensíveis do acordo envolvendo produtos agropecuários está na abertura de mercado para produtos de origem animal. A Argentina concordou em liberar imediatamente a entrada de gado vivo proveniente dos EUA e estabeleceu o prazo de um ano para iniciar as compras de aves norte-americanas.
A Argentina ainda simplificará os processos de registro para carne bovina, produtos cárneos, miúdos e produtos suínos dos EUA, e deixará de exigir registro para importações de laticínios, facilitando a entrada desses itens no país. Também se comprometeu em reunir esforços para estabilizar o comércio global de soja.
Fora do ambiente agrícola, a nação sul-americana ainda reafirmou seu compromisso com os direitos trabalhistas reconhecidos internacionalmente e com medidas para combater a extração ilegal de madeira. No campo digital, reconheceu os Estados Unidos como “uma jurisdição apropriada, de acordo com a lei argentina, para a transferência transfronteiriça de dados, incluindo dados pessoais, e se abstém de discriminar serviços ou produtos digitais dos EUA”.
A contrapartida dos Estados Unidos, segundo o jornal, será em eliminar barreiras não tarifárias, incluindo tarifas sobre determinados recursos naturais e insumos farmacêuticos que não possuem produção local.






