Sete famílias da etnia Warao foram deixadas em Montes Claros e agora recebem acolhimento emergencial.

A chegada inesperada de 41 imigrantes venezuelanos da etnia Warao a Montes Claros, em Minas Gerais, provocou reação imediata de órgãos públicos e de controle. Uma reunião nesta segunda-feira (17/11) reúne o município, o Ministério Público e a Defensoria Pública para definir os próximos passos do acolhimento emergencial após o desembarque ocorrido no sábado (15).

O grupo, composto por sete famílias com 14 adultos — incluindo quatro gestantes — e 27 crianças, foi deixado na rodoviária após uma viagem de 680 km desde Itabuna, na Bahia. Eles viviam há cerca de quatro anos em um programa municipal de acolhimento encerrado recentemente, o que levou a Prefeitura de Montes Claros a registrar boletim de ocorrência pelo abandono.

Todos foram encaminhados ao Ginásio Municipal Ana Lopes, transformado em abrigo provisório, onde recebem alimentação, roupas, itens de higiene e atendimento básico de saúde. A prefeitura afirma dialogar com o líder do grupo, A. M., enquanto trabalha na regularização documental necessária para inclusão no CadÚnico e possíveis vagas de trabalho formal.

Relatos indicam que o ônibus partiu de Itabuna na tarde de sexta-feira (14) e chegou a Montes Claros à 1h40 do dia seguinte. O motorista teria sido contratado pela prefeitura baiana, enquanto um representante Warao relatou que o auxílio municipal havia sido interrompido antes da viagem.

A Prefeitura de Itabuna, porém, afirma que a decisão foi voluntária. Segundo nota, os líderes solicitaram o ônibus, mantimentos e fraldas após reunião realizada no dia 12, e assinaram um termo confirmando o desligamento do programa por iniciativa própria. Com informações do portal Metrópoles.