Somente alguém com forte desvio de caráter poderia comemorar, como fazem os bate paus do esquerdismo, a prisão política de um homem de 70 anos, doente, sequelado de uma facada desferida por um membro dessa mesma esquerda perversa e assassina desde sua origem. De certo modo, Jair Bolsonaro recebe neste dia 22/11, uma nova facada, desta vez, jurídica. Alexandre Dimorais está terminando o serviço do Adélio com um pretexto simbólico – uma vigília de orações de seus admiradores. Mais uma vez, o propósito de outro faz incidir pena sobre um terceiro. Se isso está na Lei, é preciso demonstrar.
O processo de perseguição política, misturado com sentimento de vingança, que Bolsonaro vem sofrendo há anos, não é trivial, não é sequer comparado a qualquer brasileiro em toda a nossa história. Isto porque conseguiu se insurgir e, representando milhões de brasileiros, dar um freio de quatro anos na venezuelização do país.
Tomada no tapa, com uma “justiça” parcial, na base da “missão dada é missão cumprida”, assentada em uma mídia idem, as eleições (nem falemos das maquininhas, porque é proibido) resultaram conforme a encomenda. Voltou ao poder Lula da Silva, o corrupto e lavador de dinheiro, nos termos da sentença de um, confirmada por mais 20 juízes em três instâncias, depois de anos de exercício da legítima defesa. Todos conhecem a história. O sistema deu um cavalo de pau, descondenou e retirou Lula da confortável e acessível prisão, para depois levá-lo por cima da lei eleitoral ao palácio, de onde iniciou com seus aliados na justiça, na mídia e no congresso, uma caçada implacável ao opositor, Jair Bolsonaro.
Sem nenhum respeito ao devido processo legal, ao juiz natural, ao duplo grau de jurisdição e, criando ao bel prazer normas que dificultaram a defesa, em conluio com o MPF, asfixiaram juridicamente a defesa e conseguiram preencher a narrativa com indícios, depoimentos e provas de envergonhar a inquisição. Prenderam em baciadas sem individualização de culpa, puniram à canetadas com tintas perversas, humilharam e pisotearam as forças armadas cooptando generais tão frouxos quanto mesquinhos, e tiveram como resultado aquele planejado anos antes. Era preciso derrubar o ícone da direita e, assim, assegurar os meios de continuidade de seu projeto maligno.
Chegaram hoje à véspera de seu objetivo final que é a morte de Jair Bolsonaro, pois sabem que em suas condições de saúde, ele não sobreviverá à prisão, assim como Clesão. Será preciso sangue como em todas as revoluções socialistas. Se não podem mais repetir o bolchevismo de rua, que se pratique o bolchevismo dos fóruns e delegacias e prisões. A ordem é: persigam, prendam e matem os inimigos! Façam com que se exilem, que fujam e não apareçam ou serão presos e torturados, psicologicamente seviciados, quando não fisicamente. Assim, observando os exemplos, o cidadão comum pensará dez vezes antes de levantar a voz, antes de contestar a ordem. Se pensar, pense sozinho, se falar, fale baixinho pois haverá colaboradores do sistema em todos os lugares inclusive na sua casa.
Eu mesmo percebi isso um dia desses, quando alguém sugeriu ao PT que me processasse por minhas palavras no Facebook. O bolchevique de araque já adiantava até o tipo penal, eu deveria ser processado por calúnia e difamação e, provavelmente, pagar de minhas poucas rendas uma multa extorsiva ao partido para o qual traficantes são vítimas da sociedade, mas quem os refuta ideologicamente deve ser extirpado da sociedade, silenciado.
Uma digressão aqui para lembrar que justamente nesta última semana, a esposa do ministro Alexandre Dimorais foi citada como destinatária de quantias elevadas saídas do cofrão de Daniel Vorcaro do Banco Master, preso no aeroporto pronto para dar no pé. Teria a prisão de Bolsonaro, apesar de toda a sua iniquidade, servido também para criar uma cortina de fumaça sobre o assunto Viviane Barci Dimorais?
A mim, parece bem oportuno que o tema Bolsonaro ocupando todas as mídias e a atenção de brasileiros e muitos estrangeiros, desvie o foco do escândalo Banco Master, dando tempo e tranquilidade para que nas sombras o processo seja “ajeitado” nos conformes dos interessados.
Voltemos. O que esse sistema não parece compreender é que Bolsonaro não é, ele representa. Sua imolação não conterá a chama de liberdade que ele alimentou, pelo contrário, seu martírio será como apagar o fogo com gasolina. Todos os temas que a sociedade tem como centrais para uma vida digna, como liberdade, vida, família, propriedade, segurança etc., estarão ainda mais presentes nas próximas eleições e darão o tom da campanha.
Por último, aos vermes que passeiam excitados nessa lua minguante de 22 de novembro de 2025, excretando essa gosma amarga de sadismo e vingança, tendo orgasmos mentais pela prisão e tortura de um inocente e pela eficácia da ditadura de toga, dedico o trecho final da “Ode à Liberdade”, do poeta português Jaime Cortesão (1884-1960):
Querem mãos assassinas sufocar-te
Nas entranhas maternas. Mas em vão.
Virás como a torrente desprendida,
Porque és o sopro e a lei da Criação
E não há força que detenha a Vida.
Valterlucio Bessa Campelo escreve semanalmente nos sites AC24HORAS, DIÁRIO DO ACRE, ACRENEWSe, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites. Seu último livro “Arquipélago do Breve” encontra-se à venda através de suas redes sociais e do e-mail valbcampelo@gmail.com.




