O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez críticas, nesta quarta-feira (26), à gestão do governo federal e defendeu a união da direita durante sua participação na 1ª edição do UBS Wealth Management Latam Summit. O evento, realizado no Rosewood Hotel, na capital paulista, reuniu investidores e lideranças empresariais.
Em seu discurso, Tarcísio avaliou os cenários político e econômico atual. Para o governador, o país segue um caminho equivocado sob a administração do Partido dos Trabalhadores. “Essa turma está desgraçando o Brasil“, afirmou. Apesar da crítica, chefe do Executivo estadual demonstrou confiança em uma reversão do quadro político: “Dá para perceber que o Brasil está na direção errada, mas isso é fácil de acertar. Não tenho dúvida, vamos livrar o Brasil do PT“.
Papel da direita e as eleições nacionais
Questionado se pretende levar o modelo de gestão paulista para o âmbito federal — uma alusão a uma possível candidatura à Presidência da República —, Tarcísio evitou se lançar oficialmente, mas reforçou seu compromisso com o campo conservador.
“Cada um tem uma missão. Quero cumprir bem uma missão. Não importa em que papel. Não preciso ser protagonista”, declarou. O governador enfatizou que o sentimento de “salvar e recuperar o Brasil” é compartilhado por outros governadores de direita, independentemente de quem lidere a chapa majoritária. “O meu sentimento é o de todos vocês. Eu quero deixar legado. Não quero deixar esse país do PT. O Brasil é muito maior que isso”, completou.
Defesa de Jair Bolsonaro
Durante o evento, Tarcísio também comentou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de amigo. O governador revelou manter diálogo constante com a família Bolsonaro e que continua conversando com os filhos do ex-presidente, o senador Flávio e o vereador Carlos.
Ao falar sobre a prisão de Bolsonaro, Tarcísio citou questões humanitárias e políticas, classificando o ex-presidente como um “idoso com problemas de saúde” e questionando os benefícios da detenção para a estabilidade nacional.
“Independente de qualquer coisa, esse é o tratamento que vamos dar a um ex-presidente idoso com problemas de saúde? A questão humana é de rosto. Vale a pena deixar ele em prisão? O que vamos ganhar com isso como país? O Brasil precisa de pacificação”, argumentou.
O governador encerrou o tema reiterando sua lealdade e solidariedade a Bolsonaro, mencionando as sequelas do atentado sofrido em 2018. “Vou trabalhar sempre por tratamento digno e respeitoso. E vamos sair mais fortalecidos”, concluiu.


