Órgãos federais e estaduais cumpriram mais de 190 ordens judiciais contra suspeitas de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Imagens divulgadas nesta quinta-feira (27) mostram a dimensão da megaoperação deflagrada contra o Grupo Refit, investigado por um amplo esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. A ação mobilizou mais de 620 agentes públicos em seis estados, com o objetivo de desarticular uma estrutura empresarial apontada como responsável por movimentações bilionárias e débitos tributários que ultrapassam R$ 26 bilhões.
De acordo com a Receita Federal, o conglomerado é considerado o maior devedor contumaz do país, acumulando também o maior débito de ICMS registrado em São Paulo. Segundo o Ministério Público paulista, essas cifras seriam resultado de um sistema de fraude fiscal complexo, estruturado para mascarar operações, evitar pagamentos de tributos e prejudicar a livre concorrência no mercado de combustíveis.
As investigações revelam que o grupo teria movimentado mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas interpostas, fundos de investimentos e offshores para ocultar a origem e o destino dos valores. O modelo operacional incluía o uso de empresas “laranjas”, contas financeiras com brechas regulatórias e sucessivas mudanças de estrutura para dificultar o rastreamento, especialmente após operações anteriores.

Na ofensiva desta quinta, batizada de Operação Poço de Lobato, foram cumpridos mais de 190 mandados judiciais, incluindo bloqueios superiores a R$ 10 bilhões em bens de pessoas e empresas ligadas ao esquema. O trabalho integrado envolveu Ministério Público, secretarias de Fazenda, Receita Federal, Procuradoria da Fazenda e forças policiais, consideradas essenciais para conter a atuação da organização e recompor parte dos danos causados ao erário.
As autoridades apontam que o grupo poderá responder por crimes contra a ordem econômica e tributária, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. O Metrópoles procurou o Grupo Refit, que não se manifestou até o fechamento deste texto. Com informações do portal Metrópoles.





