Ex-presidente do Peru é condenado a 11 anos por tentativa de golpe

A Justiça do Peru condenou o ex-presidente Pedro Castillo a 11 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, por sua tentativa de golpe de Estado em dezembro de 2022. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (27/11) pela Corte Suprema, que considerou que o ex-mandatário cometeu um grave atentado contra a ordem constitucional.

Segundo o tribunal, Castillo foi responsabilizado pelo crime de rebelião, após dissolver o Congresso peruano, anunciar um governo de exceção e convocar novas eleições. Embora a Constituição permita medidas excepcionais em cenários específicos, os juízes entenderam que o então presidente agiu de forma ilegal ao tentar intervir no Legislativo durante a tramitação de sua terceira moção de vacância — equivalente ao impeachment brasileiro.

Após a tentativa de golpe, o Congresso destituiu Castillo imediatamente, e ele acabou preso pelo próprio esquema de segurança enquanto tentava buscar refúgio. Desde então, o ex-presidente responde a processos por violar a ordem democrática e por abuso de poder. Em seu julgamento, ele voltou a alegar perseguição política e pediu apoio de líderes da região, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

A Justiça peruana também condenou ex-ministros do governo Castillo, acusados de participação na tentativa de ruptura institucional. As sentenças reforçam o entendimento das autoridades de que houve um plano coordenado para impedir o funcionamento do Congresso e manter Castillo no poder.

O caso segue sendo um dos mais graves episódios de crise política no Peru na última década, deixando marcas profundas na estabilidade do país

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