Operação da CGU e da PF apura fraudes em licitações com prejuízo de R$ 3,3 milhões no Acre

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) realizam, nesta quarta-feira (3), a Operação Dilapsio, que apura fraudes em processos licitatórios no Acre. As irregularidades investigadas envolvem adesão à Ata de Registro de Preços da Prefeitura de Rio Branco pelos municípios de Senador Guiomard, Assis Brasil e Plácido de Castro. Há suspeitas de conluio entre empresários e agentes públicos para direcionar contratos e simular concorrência em licitações.

As investigações tiveram início em fevereiro de 2025, após levantamentos realizados pela CGU. Os indícios apontam que o grupo investigado manipulou contratações financiadas com recursos federais, incluindo emendas parlamentares, resultando em prejuízo estimado de R$ 3,3 milhões. Também foram encontradas evidências de uso de documentação falsa para comprovar qualificação técnica de uma das empresas envolvidas.

A investigação apura possíveis crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, utilização de empresas de fachada, falsificação de documentos e frustração do caráter competitivo das licitações. No total, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Rio Branco e três em Plácido de Castro, Assis Brasil e Senador Guiomard. São cumpridas ainda medidas de sequestro de imóveis e veículos, além do bloqueio judicial de valores equivalentes ao prejuízo apurado.

A ação conta com a participação de oito servidores da CGU e 35 policiais federais.

Impacto social

O desvio de recursos e o direcionamento de contratos afetam diretamente a população, que deixa de receber serviços essenciais. Com obras mal executadas ou não realizadas, as comunidades enfrentam infraestrutura deficiente, alagamentos, problemas de saneamento e dificuldades de mobilidade. Assim, o prejuízo é sentido pela população também na qualidade de vida e na vulnerabilidade social.

Denúncias

Eventuais relatos relacionados à operação ou a outras irregularidades podem ser encaminhados à Ouvidoria-Geral da União por meio da plataforma Fala.BR. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, com a seleção da opção “Não identificado”. No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, deve ser escolhida a categoria “Operações CGU”; e, no campo “Fale aqui”, devem ser informados o nome da operação e o estado onde a ação foi realizada.Categoria

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