A força que vem do campo pode mudar o Acre?

Durante décadas, o Acre foi o pasto político de uma elite que se dizia progressista, mas agia como se a produção fosse pecado e o lucro, um crime contra a natureza. Foram anos de romantismo ecológico, onde ONGs e líderes sindicais, travestidos de salvadores da floresta, empurravam o estado para a miséria sob o pretexto de “preservação”. Era a “florestania” como dogma. Nem produzir, nem deixar produzir.

Mas os tempos mudaram. E, desta vez, parece que mudaram para valer. O agronegócio no Acre não é mais promessa. É realidade. Cresce como nunca. As safras batem recordes, os investimentos se multiplicam, a iniciativa privada volta a respirar, e o dinheiro começa a circular fora do gueto estatal. O Brasil já alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo. Em 2050, com 10 bilhões de bocas para saciar, a pergunta será: quem vai sustentar isso tudo? A resposta certamente não virá de gabinete com ar-condicionado financiado por emenda parlamentar. Virá do campo.

A elite política do Acre sempre foi moldada por sindicatos, partidos de esquerda e uma visão arcaica de desenvolvimento. O agro, até pouco tempo, era tratado como vilão ou, na melhor das hipóteses, um mal necessário. Mas agora o jogo virou. O produtor, o empreendedor, o homem que planta, colhe, gera emprego e paga imposto entendeu que é possível e necessário ocupar espaço no debate público.

A próxima eleição é uma oportunidade. O setor que sustenta este estado de pé tem plenas condições de fazer mais do que abastecer feiras e mercados. Pode ocupar cadeiras. No parlamento estadual, no Congresso e, por que não, no governo. O Acre que deu voz a Chico Mendes pode sim dar palco a líderes que defendem a propriedade privada, a segurança jurídica e o direito de produzir sem pedir desculpas a ninguém.

O agro deixou de ser coadjuvante. Agora é protagonista. Até onde ele pode chegar em 2026?

Tópicos:

Nossa responsabilidade é muito grande! Cabe-nos concretizar os objetivos para os quais foi criado o jornal Diário do acre