Há uma patologia bem conhecida entre os políticos acreanos que se aventuram além das fronteiras do Acre, buscando cargos de destaque no governo federal ou simplesmente escapando das terras de Galvez com seus espólios.
Eles se permitem opinar sobre questões que já não compreendem mais. A distância, ao que parece, emburrece alguns.
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) publicou, na sexta-feira, 28, uma lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. Nenhum acreano na lista.
“O Acre está andando para trás?”, indagou o ex-senador Jorge Viana (PT) diante da ausência de acreanos entre os cabeças do Congresso.
“Lamentavelmente, nenhum Senador e nenhum Deputado ou Deputada Federal do Acre aparece nessa lista. Nosso Acre sempre teve grandes parlamentares no Congresso Nacional. Foi inspirado neles que eu procurei fazer meu trabalho como Senador por oito anos. E penso que, talvez, um dos melhores reconhecimentos que eu tinha da minha atuação no Senado Federal era que todos os anos do meu mandato, nos 8 anos, seguidamente eu fui escolhido entre os 100 cabeças do Congresso”, disse Viana.
Jorge Viana, porém, acerta o tom, mas erra feio no alvo. Derrotado nas eleições de 2022, só lhe restou amargura e viagens internacionais da Apex-Brasil, que comanda com polêmica. Achar que o Acre perdeu o protagonismo é uma ignorância típica de quem está trancafiado em uma sala de Brasília ou dentro de um avião e visita o Acre quando lhe convém.
Criticar aqui o Diap é irrelevante; é apenas uma análise entre muitas outras. Outras métricas podem desmascarar o erro gritante de Jorge.
Por exemplo, o Ranking dos Políticos, principal avaliador de desempenho de Senadores e Deputados Federais, coloca o Senador Alan Rick (União-AC) entre os principais congressistas brasileiros. Ocupando a 50ª posição, ele se destaca nacionalmente por presidir a Comissão de Agricultura do Senado Federal.
É preciso ser claro: as críticas de Jorge são meras reflexões limitadas ao seu ponto de vista seletivo, que ignora completamente a realidade do nosso Acre.
