O deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) usou as redes sociais nesta quarta-feira, 03, para criticar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o parlamentar acreano, o processo em curso representa “a maior aberração jurídica da história do Direito brasileiro”.
Segundo Cunha, o julgamento estaria marcado pela parcialidade. Ele citou que o relator seria “vítima no próprio processo”, enquanto outro magistrado teria atuado como advogado pessoal do presidente Lula e outro teria declarado publicamente posições ideológicas contrárias a Bolsonaro. “Depois de deu início ao julgamento do presidente Bolsonaro, alguém tem dúvidas que ele será condenado?”, questionou.
O deputado também contestou as provas apresentadas contra o ex-presidente, classificando-as como frágeis. “Falam de uma minuta de golpe que nunca existiu, um mero rascunho. Além disso, há um delator que mudou versões diversas vezes, sob intimidação e ameaças”, afirmou.
Para Cunha, o julgamento não representa a defesa da democracia, mas sim uma violação dos princípios constitucionais. “Na verdade, Bolsonaro já está condenado por antecipação. O que estamos assistindo é apenas uma trama”, concluiu o parlamentar.
Oposição vê “janela” para pautar anistia após julgamento de Bolsonaro
As declarações de Arlenilson se somam às de outros parlamentares de oposição, que enxergam uma “janela de oportunidade” para pautar a anistia após o julgamento de Bolsonaro. Lideranças partidárias planejam aproveitar uma eventual condenação para avançar com a matéria assim que possível. Apesar da resistência de governistas, integrantes do PL, PP, União Brasil e Republicanos têm demonstrado apoio à iniciativa. Segundo o deputado Sóstenes, o afastamento do PP e do União Brasil do governo, aliado à atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abriu caminho para que o tema ganhe força no Congresso.