A responsabilidade da direita acreana e a contra-revolução

As eleições municipais no Estado do Acre, especialmente em Rio Branco, nos leva a fazer uma reflexão sobre o papel da Direita – os liberais conservadores – acreana, no sentido de barrar a revolução comunista. A compreensão do papel da Direita é ainda pouco clara para a classe política acreana.

Em recente “podcast” que fiz com o jornalista Ronan Matos, do “Diário do Acre”, indagado como surgiu a discussão das ideias liberais no nosso Estado, tive oportunidade de fazer esse resgate histórico, de como surgiu o debate. Rememorei que a discussão do tema surgiu faz 09 (nove) anos, quando criamos um grupo no aplicativo de WhatsApp denominado “Os Liberais do Acre”.

Como observador da política acreana há mais de uma vintena de anos, constatei que a classe política como um todo defendia ideias de esquerda. Os que faziam oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT) também eram de esquerda. Esse fato ainda hoje é constatável. A eleição para prefeito da capital (Rio Branco), confirmou o fato por nós observado.

Não vou citar nomes porque é absolutamente desnecessário. Os fatos notórios não precisam de provas. É só trazermos à memória o nome de políticos que, no passado, faziam oposição ao PT, e na última eleição gravitaram em torno do candidato da esquerda.

Faz algum tempo que ouvi a cientista política Glória Álvares Cross (nascida na Guatemala), que é defensora do libertarianismo e uma das principais vozes críticas contra o populismo de esquerda na América Latina, falar sobre esse fenômeno que ela constatou na Venezuela.

Glória Álvares, em que pese ter nascido na Guatemala, não tinha como ignorar os horrores do comunismo que seu ancestrais conheceram e viveram na pele. Seus avós saíram de Cuba em 1957. Sua avó fez uma viagem sentimental a Cuba. Seus familiares a aconselharam a não voltar a Ilha, caso sua família fosse opositora do ditador Fidel Castro.

E o que Glória Álvares constatou em visita que fez à Venezuela? Constatou o que eu constatei na política acreana. A cientista da Guatemala teve oportunidade de conversar com os opositores do ditador Hugo Chaves. Os opositores de Chávez lhe faziam oposição, mas também eram socialistas. Acreditavam que eram melhores do que Chaves, porque não eram corruptos.

Exatamente o que acontecia na política acreana. Especialmente depois do escândalo do “Mensalão”, em 2005. Os opositores locais do PT acreditavam que, no poder, não seriam corruptos. Portanto, melhores socialistas. Pensavam!

Até que criássemos o grupo dos liberais do Acre, oportunidade em que passamos a fazer palestras em escolas, universidade, câmaras de vereadores, e outras séries de atividades tendentes a explicar à população que precisávamos de um novo projeto contrário ao projeto socialista do PT, os políticos que implementavam a “doutrina das tesouras”, tinham espaço na política do nosso Estado. Mas perderam!

A população acreana hoje é capaz de discernir quem são os políticos de esquerda e quem são os políticos de Direita (Liberais Conservadores). Os camaleões de esquerda não conseguem mais enganar. A eleição municipal de 2024 isso demonstrou. As eleições de 2022 também reforçaram a minha convicção.

Os políticos de maior destaque hoje no Estado são aqueles que são capazes de fazerem o melhor discurso de Direita. Dou destaque para os Senadores Márcio Bittar (União Brasil) e Alan Rick, e para os deputado federais Coronel Ulysses (também do União Brasil), e Eduardo Veloso (União Brasil) que veem se destacando inclusive no cenário nacional, dado que foram capazes de defenderem a agenda da Direita.

Pois bem. Relativamente às eleições municipais de Rio Branco, quero dar destaque à vitória acachapante de Tião Bocalom (PL). Se elegeu pela boa avaliação de sua administração, mas também em razão da sua defesa dos valores conservadores e da sua ligação – interlocução feito pelo Senador Márcio Bittar – com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o maior líder do Brasil na atualidade.

No que concerne ao parlamento, não se pode ignorar o fantástico desempenho dos partidos de Direita à Câmara de Vereadores de Rio Branco. O Partido Progressista (PP), do Governador Gladson Cameli, cuja mais importante pauta é a defesa da liberdade de expressão (minhas homenagens ao Governador), elegeu 06 (seis) vereadores. O Partido do Presidente Bolsonaro (PL) elegeu 03 (três) vereadores. O União Brasil elegeu 03 (três) vereadores. O Republicanos elegeu um empresário, consequentemente defensor da iniciativa privada.

Ora, qual o papel dessa nova Câmara de Vereadores de Rio Branco, de perfil marcadamente de Direita? Esse novo parlamento mirim de Rio Branco precisa de uma agenda muito clara no sentido de barrar a agenda revolucionária (comunista). Isto é, a Câmara de Vereadores precisa assumir uma postura contra revolucionária.

A deputada republicana Maria Elvira Salazar, de origem cubana, ficou conhecida no Brasil em razão da interação que tem feito com parlamentares brasileiros, no escopo de discutir à questão da liberdade de expressão no país que vem sendo ameaçada. Várias tentativas para regulamentar o papel das redes sociais foram propostas. A deputada americana é uma intransigente defensora da liberdade de expressão, como um dos valores da agenda conservadora.

Entretanto, Maria Elvira Salazar, deputada republicana, recentemente foi notícia no Brasil em razão da aprovação de um projeto seu, que poderia ser paradigma para projetos na Câmara de Vereadores no nosso país, inclusive em Rio Branco.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, por 327 votos a 62, um projeto de lei que propõe incluir nos currículos escolares do ensino fundamental e médio o tema sobre os efeitos negativos do comunismo ao longo da História.

Portanto, uma boa pauta para ser discutida pela nova Câmara de Vereadores de Rio Branco – horrores da ideologia perversa do comunismo – no currículo das escolas municipais de Rio Branco.

É uma proposta a ser discutida pela sociedade acreana! Um Acre em que os estudantes não ignorem o que foi o comunismo e os seus efeitos deletérios!

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