A verdade do ditado popular: onde há fumaça há fogo

O governador Gladson Cameli nunca teve simpatia pelo Governo de Jair Bolsonaro! O apoio que agora finge dar ao presidente é mera conveniência de estratégia eleitoral para obter um segundo mandato, surfando na onda do conservadorismo de um governo com índices estratosféricos de popularidade. 

Gladson Cameli deu início à sua vida pública (elegeu-se deputado federal), sob o pálio da Frente Popular, coalização político-eleitoral liderada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Não tinha qualquer convicção ideológica da classe empresarial a que pertence e os valore que deveria defender (Liberais-conservadores). 

Colocava-se, tranquilamente, mesmo sem consciência disso, na defesa de pautas progressistas, em total contradição com a classe empresarial da qual faz parte por nascimento. Em outras palavras, um riquinho progressista! Um inocente útil na linguagem do movimento internacional de esquerda!

Mas, os incautos (inocentes úteis da causa comunista) haverão de redarguir que Gladson Cameli deixou à Frente Popular para liderar uma frente conservadora de oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT), e, liderando uma coalização de partidos, se elegeu, primeiro, ao Senado Federal,  e depois ao governo do Estado. 

Mero pragmatismo político! 

Gladson Cameli, apesar de sua ingenuidade no que diz respeito ao conhecimento do que significa o movimento comunista internacional, sob a liderança do Foro de São Paulo, e este, na América Latina, sob a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), como não é um quadro ideológico, tinha a intuição de que jamais seria aceito pela Frente Popular para disputar um cargo majoritário de Senador da República ou Governador de Estado, se continuasse no grupo pelo qual iniciou sua vida pública. 

Deixou a Frente Popular, no auge do desgaste político do partido líder dessa coalização de partidos de esquerda (PT) – vinte anos de comunismo que deixou o Acre na absoluta miséria – , porque teve o faro político de que, em tal conjuntura, poderia alçar maiores vôos, lançando-se à liça de  cargos majoritários, porém, em oposição, à Frente Popular. 

Teve êxito! Elegeu-se, primeiro, Senador da República e, subsequentemente, Governador do Estado do Acre. 

No exercício do cargo de Governador do Estado do Acre, Gladson Cameli não escondeu suas preferências ideológicas, de viés nitidamente de  esquerda. Quem não se lembra de Gladson Cameli fazendo reiteradas declarações de simpatia para o então governador de São Paulo João Agripino Dória?

João Agripino Doria era e é um entusiasta e defensor do Império comunista chinês. No auge da grave crise sanitária da pandemia (Covid 19), o Governador Gladson Cameli enfrentou a referida crise pandêmica seguindo o modelo adotado pelo Estado de São Paulo, radicalizando no fechamento de empresas, como o fez João Doria. Quebrou o Estado!

Apostou na crise que visava derrubar o Presidente Jair Bolsonaro. Se João Doria não tivesse malogrado com seu nefasto projeto, o Governador estaria sob seu comando. Gladson Cameli declara apoio a Jair Bolsonaro porque é a única opção política que lhe resta. 

O processo eleitoral está em marcha! Gladson Cameli fez várias declarações de que, para o Senado da República, apoiaria a professora Márcia Bittar, para cujo pré-lançamento, aqui esteve o Senador Flávio Bolsonaro, filho do Presidente Jair Bolsonaro, e seu articulador nos Estados. 

A pré-candidatura da professora Márcia Bittar, além do apoio do círculo palaciano federal, tinha o apoio de um Senador da República do estofo de Márcio Bittar, hoje um dos políticos de maior prestígio junto ao presidente. 

Paradoxalmente, o Governador Gladson Cameli rompe o acordo celebrado com o filho do Presidente Jair Bolsonaro, Senador Flávio Bolsonaro, e diz apoiar uma multiplicidade de candidatos ao Senado da República. 

É uma demonstração (pelo menos em termos de sinalização), de que, ao invés do 1º mandatário da República, não está tão preocupado em dar governabilidade a um eventual mandato de Jair Bolsonaro, que considera fundamental uma maioria naquela casa de leis (Senado Federal).

O pré-candidato ao Senado da República (Jorge Viana),  do Partido dos Trabalhadores (PT), pelas redes sociais, vem apregoando que não fará oposição ao eventual Governo de Gladson Cameli. Estranho, não? Ora, Jorge Viana é o candidato de Lula da Silva ao Senado da República!

Vê-se, claramente, que se trata de uma aliança tácita entre Jorge Viana e Gladson Cameli. Não é normal que um prócer do PT renuncie ao direito de fazer oposição a um governo conservador, que tem o apoio do Governo Conservador de Jair Bolsonaro. 

Gladson Cameli não estaria contando com a hipótese da  eleição de Lula para a Presidência da República? O apoio do Governador ao Presidente Jair Bolsonaro fica sob  suspeição!

Teoria da conspiração?  De modo algum! A família Cameli – o que é do conhecimento do povo do Acre, e fatos notórios independem de provas – no passado, não teve qualquer problema em fazer alianças com o PT. 

Portanto, o Senador Marcio Bittar, ao lançar sua candidatura ao Governo do Estado do Acre, liderando uma ampla frente de Partidos sob o seu comando, sinalizando para uma aliança com duas grandes deputadas federais comprometidas com o Governo Bolsonaro (Jéssica Sales e Mara Rocha), está zelando pelos interesses eleitorais do Presidente da República, e consequentemente, barrando a volta da Frente Popular do Acre ao poder local, de triste memória!

Aqui vale rememorar o dito popular: onde há fumaça há  fogo!

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