Segundo o relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lançado ontem, 03, o Acre respondeu por 0,11% do abate nacional de suínos em 2021. O documento traz informações importantes e precisas sobre o consumo e exportação de carne suína no Brasil.
Apesar de apresentar um percentual pequeno, o Acre acabou abatendo mais suínos que outros Estados, como Rondônia, Amazonas, Amapá e Tocantins, que juntos, não chegaram a representar 0,004% do abate nacional no ano passado.
O resultado de abates no Acre acabou sendo superior ainda ao Pará (0,003%), Maranhão (0,005%), Rio de Janeiro (0,006%), Bahia (0,01%) e Distrito Federal (0,05%). Os três estados do Sul ficaram com os primeiros lugares no ranking nacional de abates: Santa Catarina (31,56%), Rio Grande do Sul (20,72%) e Paraná (19,20%).
O principal destino da produção brasileira de carne suína em 2021 foi o mercado interno, 75,19% e 24,19% foram para exportação. Da carne exportada, a grande parte foi para o mercado asiático.
A redação do Diário do Acre conversou com o empresário e suinocultor Fernando Lage, proprietário da Granja Suína Bela Flor, que é integrada ao sistema Dom Porquito. Segundo Fernando, este resultado existe graças à agricultura de alta performance que está se praticando no Acre.
“Com a alta produtividade, os preços dos insumos para ração de suínos, aves, peixes, equinos, muares e animais pequenos caíram muito e produzir no Acre ficou mais competitivo. Hoje, por conta do frete, insumos para ração estão mais baratos, haja vista a redução do custo de transportes ou de insumos vindos de MT ou RO”, disse o suinocultor.
No ano passado o Acre já havia registrado um recorde histórico, os abates de suínos cresceram aproximadamente 15%, tendo em vista o aumento do consumo interno e o crescimento da exportação para outros países.
“O Relatório Anual é um trabalho minucioso, construído especialmente para apoiar todo o setor produtivo em suas demandas por dados estatísticos, seja para fins de estudos estratégicos ou planejamento de ações. É, também, detalhado mapeamento institucional da cadeia produtiva. É uma entrega para os associados, para o setor e para toda a sociedade, trazendo um panorama completo de um dos setores mais internacionalizados da economia brasileira”, explicou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.