ABDI e Cooperacre firmam convênio de R$ 14,7 milhões para construir dois complexos industriais de café no Acre

Novas estruturas em Capixaba e Acrelândia (AC) beneficiarão cerca de 300 famílias, ampliarão a capacidade de exportação e fortalecerão a geração de renda no campo

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Cooperacre assinam na próxima terça-feira, 9 de dezembro, às 9h, o convênio que viabiliza a construção de dois novos Complexos Industriais de Beneficiamento de Café no Acre.

O investimento total será de R$ 14,7 milhões, dos quais R$ 13,1 milhões serão aportados pela ABDI para a implantação e equipagem das unidades industriais nos municípios de Capixaba e Acrelândia.

A iniciativa tem como foco superar gargalos da cadeia produtiva e beneficiar diretamente cerca de 300 famílias vinculadas às cooperativas COPASFE e COOPBONAL, associadas à Cooperacre.

Além de fortalecer a renda dos produtores, o projeto reforça a agenda de sustentabilidade da ABDI. Estudos da Embrapa apontam que o Café Robusta Amazônico, tipo produzido no Acre, sequestra até 2,3 vezes mais carbono do que emite, combinando alta produtividade com preservação ambiental.

Com as novas estruturas, os produtores poderão realizar processos de secagem, descasque e classificação com tecnologia avançada, agregando valor ao produto e ampliando sua competitividade nos mercados nacional e internacional.

A parceria com a Cooperacre expande o modelo do Complexo Industrial do Café do Juruá, em Mâncio Lima. Inaugurado em junho, após aporte de R$ 10 milhões da ABDI e da Coopercafé, o parque industrial já processou mais de 10 mil sacas este ano, gerou 2 mil empregos e aumentou em 30% a renda das famílias atendidas, validando a estratégia de industrialização local.

“O que fizemos no Vale do Juruá provou uma verdade simples: quando a tecnologia e a industrialização chegam na ponta, a vida das famílias muda. O café vira renda, vira emprego, vira dignidade. Agora estamos levando esse mesmo modelo de sucesso para o Baixo Acre. Capixaba e Acrelândia vão viver a mesma virada, com mais valor agregado, mais autonomia e mais riqueza, melhorando a vida de nossa gente”, afirma Perpétua Almeida, diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI.

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