Acre declara situação de emergência por seca extrema: produção afetada, gado morrendo e risco de isolamento

O governador Gladson Cameli (PP) publicou na noite da última quarta-feira (06) um decreto que declara situação de emergência no Acre em razão da seca extrema que atinge o estado. O documento cita que, nos primeiros seis meses de 2025, as chuvas ficaram bem abaixo da média esperada, gerando impactos profundos em diversas áreas — do agronegócio à logística de abastecimento.

Segundo o governador, o setor produtivo rural já sofre com perdas substanciais, sendo diretamente afetado pela escassez de água e pela degradação das pastagens, que têm levado à morte de gado e à perda de lavouras inteiras. O cenário também agrava a crise ambiental, com aumento exponencial de queimadas e incêndios florestais, que degradam ecossistemas e colocam em risco a saúde da população por conta da má qualidade do ar.

Além dos danos econômicos e ambientais, o decreto alerta para consequências sociais severas, como o risco de suspensão das aulas em comunidades ribeirinhas de difícil acesso. O transporte escolar e o envio de merenda, que dependem da navegabilidade dos rios, estão comprometidos.

A crise atinge até mesmo o abastecimento de água potável em áreas urbanas e rurais. De acordo com o texto, a drástica redução do volume de água nos rios impacta diretamente o funcionamento das estações de tratamento, exigindo racionamento e envio de caminhões-pipa para atender a população.

Outro ponto crítico é a logística de transporte, especialmente em comunidades isoladas e aldeias indígenas, que já enfrentam dificuldades para o recebimento de alimentos, combustíveis e outros insumos essenciais.

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