O Acre é o 4° estado brasileiro no ranking com a maior taxa percentual de jovens que não estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Aproximadamente 32,2% dos acreanos entre 15 e 29 anos enquadram-se nesta condição, enquanto a média brasileira desce a 23,7%.
Os dados foram levantados pela IDados, que divulgou os números. Os indicadores foram apurados junto à PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do terceiro trimestre de 2021, último recorte disponível para estatísticas regionais.
A pesquisa mostra que a proporção dos “nem-nem” está ligada a indicadores sociais e econômicos, como dinamismo do mercado de trabalho e índices de pobreza a nível estadual e nacional. Isso ajuda a explicar por que o Acre tem uma das maiores taxas entre as unidades da federação, ficando atrás epenas do Maranhão (36%), Amapá (34,9) e Alagoas (34,1%), estados que ficaram no pódio.
A pandemia ajudou a elevar o número dos jovens que não estudam e não trabalham, sendo a sua maior concentração nas regiões Norte e Nordeste do país. Dos 11,6 milhões de jovens, quase metade (48%) estão nas duas regiões, que juntas representam 38% do contingente de pessoas nessa faixa etária no país. São regiões onde há mais pobreza e, como consequência, menos oportunidades de postos de trabalho.
Falta de emprego, dificuldade em empreender, falta de segurança e qualidade de vida – esse são um dos principais motivos que têm levado centenas de jovens acreanos a migrarem do Acre para regiões do Brasil com mais oportunidades.
Somando-se a esses dados a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Acre (Fecomércio), publicou também uma pesquisa no início de 2022 que chegou à seguinte informação: quase 40% da população desempregada em Rio Branco desistiu de procurar emprego. Segundo os dados, da população desempregada, 39,2% não está mais procurando trabalho; 23,3% procura há, pelo menos, um ano e 25,1% procura há mais de um ano.
