O governo do Acre tem investido cada vez mais na agropecuária, gerando benefícios, desenvolvimento e aumento de renda para produtores, agricultores e pecuaristas. Mesmo com a expansão do agro, marcada pelo crescimento das plantações de soja, café, criação de animais e cultivo de cacau, do Alto Acre ao Juruá, o governo mantém os cuidados com as florestas, reservas extrativistas e territórios indígenas.
Representando o Estado, a Secretaria de Agricultura (Seagri) enviou o chefe da Divisão de Produção Familiar, Marcos Rocha, para participar da formalização e assinatura de um acordo de cooperação técnica com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão ligado ao Ministério da Agricultura. A resolução foi firmada na quinta-feira, 14, em Belém (PA), pelo presidente nacional da Ceplac, Thiago Guedes, e tem como objetivo fortalecer, incentivar e ampliar a comercialização do cacau acreano.
Com o acordo, o Acre terá impulsionado seu programa de cacau, com ações que incluem transferência de tecnologia, assistência técnica, orientação e acesso a material genético de qualidade, desde sementes até mudas selecionadas. Além de seu valor econômico, o cultivo do cacau também contribui para a regeneração de solos degradados por incêndios e desmatamento. No estado, a produção não se limita ao plantio convencional; há também o cultivo de cacau nativo, realizado na Terra Indígena Mamoadate, pelas etnias Manchineri, Yaminawá e pelos Mashco.
Segundo Marcos Rocha, a parceria vai aprimorar a capacidade dos técnicos do governo para repassar conhecimentos a todos que trabalham com o cultivo do cacau. “Essa parceria vai qualificar nossos técnicos e ampliar o suporte aos produtores, oferecendo capacitação em classificação de amêndoas, acesso a material genético de qualidade e orientação técnica. Com isso, vamos fortalecer a cadeia produtiva do cacau no Acre e garantir que os agricultores tenham mais segurança e apoio em suas atividades”, destacou.
A primeira ação da parceria será uma capacitação de 15 dias, em outubro, na sede da Ceplac, em Belém. Serão enviados 20 técnicos da Seagri e de instituições parceiras como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Universidade Federal do Acre (Ufac), Secretaria de Meio Ambiente, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que se tornarão classificadores de amêndoas de cacau, ampliando a capacidade técnica e garantindo atendimento mais eficiente aos produtores.
“As parcerias são fundamentais para a consolidação de projetos bem-sucedidos. A rota do cacau já é uma realidade no nosso estado, e agora, com o apoio da Ceplac, referência nacional na cadeia produtiva, e a parceria do governo do Pará, damos um passo importante no fortalecimento e na ampliação das práticas de cultivo e capacitações técnicas. Essas ações contribuirão para que tanto o cacau nativo quanto o de cultivo se tornem cada vez mais uma realidade de produção e qualidade, agregando valor e gerando riqueza para as nossas lavouras cacaueiras”, ressaltou o secretário de Agricultura, Luís Tchê.
A missão em Belém também reforçou a parceria com o governo do Pará, por meio do secretário Giovanni Queiroz, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP), que desenvolve um programa de cacau. Essa cooperação pode viabilizar envio de sementes, intercâmbios técnicos e a criação de uma frente regional para fortalecer a produção.