Acre no caminho do atraso: nova unidade de conservação sacrifica desenvolvimento em nome do ‘verde’

A recente aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 335/2021, que autoriza a União a doar ao Acre uma área remanescente da Gleba Seringal Afluente, é mais um capítulo de uma velha história que já conhecemos muito bem: a agenda do atraso disfarçada de progresso.

Proposta pela então senadora e agora vice-governadora Mailza Assis, com o relatório de Socorro Neri, a medida destina 155 mil hectares — uma vasta extensão de terras — nos municípios de Feijó e Manoel Urbano para a criação de mais uma unidade de conservação. Isso mesmo, mais uma área “protegida”, onde a única coisa garantida é que ninguém poderá trabalhar, produzir ou gerar riqueza.

Mailza, que está no caminho certo para assumir o governo quando Gladson sair em busca de uma vaga no Senado, parece estar querendo nos convencer de que o futuro do Acre é ser um grande museu ecológico. Alguém aí acredita que isso seja desenvolvimento? Mais reservas, mais proibições, mais terra parada, enquanto a população luta por oportunidades para trabalhar. Essa é a “visão de futuro” que Mailza quer vender para 2026? E depois ainda falam em “sustentabilidade”. Só se for a sustentabilidade da miséria.

Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), colocou o dedo na ferida: “Não faz sentido essa proposta. Chega de reservas que nada contribuem com a economia. Precisamos de terras para atender a grande demanda de gente que quer trabalhar.” 

Assuero está certo. A criação de mais unidades de conservação não só impede o desenvolvimento econômico, como também agrava os conflitos de terra, uma realidade esquecida por essa turma “verde” que adora uma narrativa globalista.

Enquanto algumas figuras se preocupam em imitar Marina Silva — que, aliás, já fez um estrago imenso no estado —, o povo segue sem assentamentos, sem regularização fundiária, e as áreas “protegidas” continuam sendo invadidas e desmatadas. A ironia é que, ao invés de proteger, essas políticas acabam por acelerar o caos ambiental. O “ambientalismo” de Mailza e Socorro é apenas mais uma versão requentada da farsa que já cansamos de ver.

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